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Selo da JMJ 2023 é criticado por referência a monumento português

Na arte, papa Francisco é visto guiando 'jovens para o futuro' na proa de um navio, fazendo referência à escultura Padrão dos Descobrimentos, de 1960

Por Da Redação
Atualizado em 16 Maio 2023, 18h17 - Publicado em 16 Maio 2023, 18h12
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    Selo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023. 16/05/2023 (Diário do Distrito/Twitter)

    Emitido nesta terça-feira, 16, o selo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023 tem sido alvo de críticas por referenciar o monumento Padrão dos Descobrimentos, um dos principais pontos turísticos de Portugal, mas também um marco do passado colonialista e escravagista do país. O carimbo do evento católico, que ocorrerá na cidade portuguesa de Lisboa, de 1º a 6 de agosto, conta com cerca de 45.000 exemplares e custa um pouco mais de três euros (quase 16 reais).

    No carimbo, o papa Francisco representa o explorador Infante D. Henrique e é visto guiando “jovens para o futuro” na proa do navio, segundo o portal Vatican News. Esculpida em 1960, a estátua original, de quase 60 metros de altura, tinha como finalidade a exaltação das grandes navegações lideradas por portugueses. Apesar do engrandecimento português, o período colonialista foi marcado pela escravidão e pela segregação racial.

    Responsável por outras produções para o Vaticano, o italiano Stefano Morri desenvolveu a arte deste ano, que aparece acompanhada da logo da 16ª edição do encontro. O design soma uma cruz à figura de Maria, fazendo referência ao tema deste ano: “Maria levantou-se e saiu apressadamente”, do Evangelho de Lucas. 

    + O polêmico projeto para remover brasões das ex-colônias em Lisboa

    O selo foi criticado também pelo bispo português Carlos Moreira Azevedo, que chamou a escolha de “péssimo mau gosto”. Ele disse, ainda que “certamente o papa Francisco não se identifica com esta imagem nacionalista”.

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    Não é a primeira vez, no entanto, que o monumento foi criticado no país. Ainda em 2021, o deputado Ascenso Simões defendeu a demolição da escultura em um artigo divulgado no jornal português Público. A declaração ocorreu um dia após uma votação do legislativo que aprovou o polêmico voto de pesar ao tenente-coronel Marcelino da Mata.

    “Quando um país esquece tão rápido o seu passado, quando se nega na realidade da pobreza, do obscurantismo, da mínima existência cidadã, esse país precisa, urgentemente, de se olhar ao espelho”, escreveu Simões.

    Previamente adiada por causa da pandemia de Covid-19, as cerimônias deste ano serão encerradas pelo papa Francisco, que também foi responsável por abrir as inscrições para o evento. As edições anteriores ocorreram no Panamá (2019), em Cracóvia (2016) e no Rio de Janeiro (2013).

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