O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dimitri Medvedev, disse, nesta quinta-feira, 22, que Moscou pode defender os territórios conquistados na Ucrânia com “armas nucleares estratégicas”. O discurso em tom elevado ocorre um dia depois do atual líder Vladimir Putin pedir a mobilização de 300.000 reservistas para o Exército.
“A Rússia anunciou que não apenas as capacidades de mobilização, mas também qualquer arma russa, incluindo armas nucleares estratégicas e armas baseadas em novos princípios, podem ser usadas para essa proteção (das regiões ocupadas)”, afirmou Medvedev no aplicativo de mensagens Telegram.
A autoridade também ressaltou que os referendos sobre a separação das regiões ucranianas de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia, que foram invadidas pelas forças russas vão ocorrer e “não há como voltar atrás”. “O establishment ocidental e todos os cidadãos dos países da Otan precisam entender que a Rússia escolheu seu próprio caminho”, acrescentou.
O ex-primeiro-ministro russo ainda ameaçou a Europa e os Estados Unidos, dizendo que “vários idiotas aposentados com listras de generais não precisam nos assustar com a conversa sobre um ataque da Otan na Crimeia” e que o “hipersônico (míssil) pode atingir alvos na Europa e nos Estados Unidos muito mais rápido”.