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Rússia e Ucrânia se encontram em Istambul para discutir grãos presos

Reunião aumenta esperanças do escoamento para países que dependem da produção ucraniana, apesar de funcionários dizerem que a missão é 'impossível'

Por Da Redação
13 jul 2022, 09h24
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  • Negociadores da Rússia e da Ucrânia vão se reunir nesta quarta-feira, 13, em Istambul, na Turquia, para discutir a liberação das grandes quantidades de grãos que seguem presos nos portos ucranianos. O objetivo é escoar o produto a um mundo que depende do fornecimento de Kiev e, devido ao cerceamento, enfrenta um crescente problema de fome.

    Autoridades internacionais tentam há meses quebrar o impasse sem desencadear uma escalada na guerra ou, pior, um confronto direto entre a Rússia e membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A reunião desta quarta-feira aumenta as esperanças de um avanço, apesar de funcionários envolvidos com os planos dizerem que é uma “missão impossível”.

    As alternativas propostas, como transportar os grãos por terra ou pelo rio Danúbio, têm sido muito lentas, pesadas e de pequena escala para enfrentar o desafio de mais de 22 milhões de toneladas de grãos presos em Odessa e outros portos do Mar Negro, bloqueados por navios de guerra russos.

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    “Depois de todas essas conversas, delegações militares dos ministérios de defesa da Turquia, Federação Russa e Ucrânia e a delegação das Nações Unidas se reunirão amanhã em Istambul sobre o transporte seguro dos grãos que aguardam nos portos da Ucrânia via mar para o mercado internacional”, disse o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, que sediará a sessão, em um comunicado na terça-feira 12.

    A urgência é real. Como grãos estão lotando silos e portos ucranianos, isso também começará a prejudicar a nova safra nas próximas semanas, pois os agricultores não terão onde armazenar o produto.

    A guerra na Ucrânia está contribuindo para uma crise alimentar global, segundo as Nações Unidas, que elevou o preço de commodities vitais como trigo e cevada a níveis históricos.

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    + UE diz que Rússia comete crime de guerra ao bloquear grãos ucranianos

    A consequência mais imediata é a fome no Chifre da África, onde anos de falta de chuva já estão devastando comunidades na Somália e partes de países vizinhos. A Ucrânia, o quarto maior exportador de grãos do mundo, é uma fonte importante para essa região.

    Os esforços diplomáticos internacionais estão sendo prejudicados por problemas que incluem evitar minas no Mar Negro, organizar inspeções da carga no mare, crucialmente, convencer o Kremlin de abrir caminho.

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