Navio mais importante da frota russa no Mar Negro, o Moskva afundou nesta quinta-feira, 14, afirmou o Ministério da Defesa da Rússia. O naufrágio, no entanto, é alvo de uma disputa de narrativas entre Moscou e Kiev.
Enquanto Moscou afirma que houve um incêndio decorrente de a explosão de parte da munição que estava no navio, autoridades ucranianas dizem que o navio foi atingido por um míssil de cruzeiro, mas não divulgaram provas da autoria do ataque.
“Durante o reboque do cruzador Moskva para o porto de destino, o navio perdeu sua estabilidade devido a danos no casco recebidos durante um incêndio pela detonação de munição”, afirmou a Rússia em comunicado publicado na agência de notícias estatal TASS.
O navio carrega 16 mísseis anti-navio do sistema P-1000 Vulkan, com alcance de pelo menos 700 quilômetros. Ele também leva sistemas de defesa aérea de longo alcance do Forte S-300, capazes de proteger um esquadrão inteiro de navios de ataques aéreos inimigos.
A tripulação de quase 500 pessoas foi retirada poucas horas após o incidente.
Com cerca de 185 metros de comprimento, o Moska (Moscou, em russo) entrou para as forças russas no início da década de 1980 e na época da União Soviética foi construído justamente no porto de Mikolaiv, em território que hoje é da Ucrânia.