Rússia ataca prédio residencial na Ucrânia antes de discurso de Zelensky na ONU
Bombardeio em Kharkiv deixou ao menos três mortos e 31 feridos
A Rússia bombardeou nesta terça-feira, 24, um bloco de apartamentos e uma padaria na cidade de Kharkiv, na Ucrânia, deixando ao menos três mortos e 31 feridos. Acredita-se que parte dos moradores ainda está presa nos escombros. O ataque, realizado com bombas guiadas, ocorre em meio à 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, onde o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, discursará nesta quarta-feira, 25.
“Os alvos das bombas russas eram um prédio de apartamentos, uma padaria, um estádio. Em outras palavras, a vida cotidiana de pessoas comuns”, escreveu Zelensky em publicação nas redes sociais. “A Rússia é terrorista e prova isso todos os dias com suas próprias ações, com sua escolha de travar uma guerra e tentativas de expandi-la.”
“Há muita discussão agora na Assembleia Geral da ONU sobre esforços coletivos para a segurança e o futuro. Mas precisamos apenas parar o terror. Ter segurança. Ter um futuro. Precisamos que a Rússia acabe com essa agressão criminosa e não provocada que viola todas as regras globais”, acrescentou.
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Repetição de ataque de 2022
Zelensky prestou “condolências a todas as famílias e amigos afetados” e agradeceu “todos os países e líderes” que ajudam a Ucrânia a “proteger a vida” de civis de ataques russos. Imagens compartilhadas pelo presidente mostram um buraco, causado pelas bombas, no bloco residencial de nove andares. Ataques a infraestruturas civis são considerados crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.
A Rússia lançou oito bombas guiadas, das quais seis atingiram a área mais densamente povoada de Kharkiv, segundo o prefeito Ihor Terekhov. No Telegram, ele também relembrou que a cidade foi atacada por Moscou no início da sua invasão ao território ucraniano, em 2022. “Ele foi quase consertado, janelas foram instaladas, ele foi isolado e preparado para a estação de aquecimento. O inimigo o atingiu uma segunda vez”, disse Terekhov, acrescentando que a seção do prédio que sofreu mais danos era a que abrigava 82 pessoas.