Estações ferroviárias no centro e no oeste da Ucrânia foram bombardeadas pela Rússia nesta segunda-feira, 25. Os ataques, perto da fronteira com a Polônia, ocorreram poucas horas após uma visita de autoridades dos Estado Unidos à Kiev e foram interpretados como um aviso do Kremlin para os americanos e seus aliados.
Mísseis russos atingiram cinco estações nas regiões de Lviv, Rivne, Vinnyista e Kiev e na cidade de Krasne – a 110 quilômetros da fronteira com a Polônia, informou a mídia ucraniana. Alexander Kamyshin, chefe do serviço ferroviário da Ucrânia, disse que pelo menos 16 trens de passageiros foram retidos e acrescentou que houve vítimas, sem fornecer detalhes.
“As tropas russas continuam a destruir sistematicamente a infraestrutura ferroviária”, declarou em comunicado.
O sistema ferroviário ucraniano – um dos maiores do mundo – tornou-se uma engrenagem vital para a resistência do país contra a Rússia, transportando civis para fora de zonas de conflito e suprimentos médicos para as linhas de frente.
No início deste mês, pelo menos 39 pessoas, incluindo cinco crianças, foram mortas depois que as forças russas realizaram um ataque com mísseis em uma estação ferroviária em Kramatorsk, no leste da Ucrânia.
O bombardeio desta segunda-feira ocorreu horas após o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, viajarem de trem para Kiev e se encontrar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenski. É a visita mais importante de representantes americanos desde o início da invasão russa na Ucrânia.
Por questões de segurança, a reunião foi pouco divulgada por ambos os governos. Especula-se que o assunto da reunião tenha sido o fornecimento de armas por parte dos Estados Unidos para os ucranianos.
Zelensky se limitou a fazer um comentário genérico nas redes sociais sobre a reunião com a delegação estadunidense. “Sou agradecido ao presidente Joe Biden e o povo dos EUA pela liderança e suporte à Ucrânia. Hoje, os ucranianos estão unidos e fortes, e a amizade e parceria entre Ucrânia e Estados Unidos está mais forte do que nunca”, afirmou o presidente no Twitter.