Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Coalizão de países faz jogada arriscada para conter avanço de Putin

União Europeia, G7 e Austrália firmaram acordo para impor teto ao preço do petróleo russo; Rússia diz que não aceitará e prepara resposta

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 dez 2022, 17h19 - Publicado em 3 dez 2022, 16h36
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Russian President Vladimir Putin chairs a meeting on transport complex development via a video link at the Bocharov Ruchei residence in the Black Sea resort city of Sochi on May 24, 2022. (Photo by Mikhail Metzel / SPUTNIK / AFP)
    O presidente russo Vladimir Putin assinou um decreto na quarta-feira que simplifica o processo para os moradores das regiões de Kherson e Zaporizhzhia na Ucrânia, ocupadas pela Rússia, adquirirem cidadania e passaportes russos. 25/05/2022. (Mikhail Metzel/AFP)

    Os 27 países da União Europeia, os integrantes do G7 e a Austrália firmaram um acordo na sexta-feira, 02, para impor um teto ao petróleo russo de no máximo 60 dólares. O objetivo da coalização de países, liderados pelo G7, é enfraquecer a economia da Rússia. A medida tem sido visto como “perigosa” por atacar a principal fonte de renda do governo de Vladimir Putin, na tentativa de conter o avanço russo na sua ofensiva contra a Ucrânia.

    Segundo informações divulgadas neste sábado, 3, a Rússia “não aceitará” um teto de preço para seu petróleo e prepara uma resposta para um acordo das potências ocidentais, que visa limitar uma importante fonte de financiamento à sua guerra contra a Ucrânia.

    “Não aceitaremos esse limite”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à agência de notícias RIA, acrescentando que a Rússia conduziria uma análise do acordo e responderia em seguida. “A partir deste ano, a Europa viverá sem petróleo russo”, ameaçou sobre não fornecer petróleo a países que implementem o limite, posição essa reafirmada por Mikhail Ulyanov, embaixador de Moscou em organizações internacionais, em postagens nas redes sociais neste sábado.

    O teto de preço do G7 permitirá que países não pertencentes à União Europeia continuem importando petróleo bruto russo por via marítima, mas proibirá empresas de transporte, seguros e resseguros de manusear cargas de petróleo do país de Vladimir Putin em todo o mundo, a menos que seja vendido por menos de 60 dólares. Isso pode complicar o embarque de petróleo russo com preço acima do teto, mesmo para países que não fazem parte do acordo. Na última sexta-feira, o barril de petróleo bruto russo dos Urais foi negociado a cerca de 67 dólares.

    Continua após a publicidade

    A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que o limite beneficiará particularmente os países de baixa e média renda que sofreram o peso dos altos preços de energia e alimentos. “Com a economia da Rússia já se contraindo e seu orçamento cada vez mais apertado, o teto de preços cortará imediatamente a fonte de receita mais importante do (presidente Vladimir) Putin”, disse ela, em um comunicado.

    Em comentários publicados no Telegram, a embaixada da Rússia nos Estados Unidos criticou o que chamou de “movimento ocidental perigoso” e disse que Moscou continuará a encontrar compradores para seu petróleo. “Medidas como essas resultarão inevitavelmente em incertezas crescentes e impondo custos mais altos para os consumidores de matérias-primas”, disse. “Independentemente dos flertes atuais com o instrumento perigoso e ilegítimo, estamos confiantes de que o petróleo russo continuará sendo procurado”.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.