Tim Scott, senador federal da Carolina do Sul, anunciou nesta segunda-feira, 22, sua candidatura oficial para as eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos. Membro do Partido Republicano, ele soma-se a um número crescente de adversários – ou alternativas – do ex-presidente Donald Trump.
A candidatura de Scott pretende unir o establishment republicano. Primeiro negro do partido a ser eleito para o Senado, ele pretende ser uma figura anti-Trump, para evitar uma nova indicação do ex-presidente nas primárias (eleições nas quais candidatos disputam a vaga para representar sua legenda nas eleições gerais).
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Há muito considerado uma estrela em ascensão no Partido Republicano, Scott, 57 anos, entra no campo das primárias tendo acumulado US$ 22 milhões (mais de R$ 100 milhões) em doações para sua campanha e tendo atraído políticos veteranos para trabalhar em seu nome.
Ele foi endossado pelo segundo republicano mais poderoso do Senado, John Thune, da Dakota do Sul, e dará largada imediatamente uma campanha publicitária de US$ 5,5 milhões nos estados de Iowa e New Hampshire – onde ocorrem as primeiras votações das primárias.
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Mas o campo dos republicanos que esperam roubar a indicação republicana, que de acordo com as pesquisas eleitorais ainda pertence a Trump, está prestes a ficar muito mais lotado.
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O governador Ron DeSantis, da Flórida, e Chris Christie, ex-governador de Nova Jersey, devem adentrar a disputa nos próximos dias. Chris Sununu, o popular governador republicano de New Hampshire, deu a entender no fim de semana que provavelmente também vai entrar no ringue. Mike Pence, ex-vice-presidente de Trump, ainda está pensando em concorrer.
Já anunciaram suas candidaturas Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora nas Nações Unidas durante o governo Trump, Vivek Ramaswamy, o conservador ex-CEO da farmacêutica Roivant Sciences, bem como quatro outros nomes menores.
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Com os seguidores mais fervorosos de Trump relutantes em abandonar seu porta-estandarte, os críticos do ex-presidente temem que mais oponentes no campo de batalha apenas dividam o voto anti-Trump e garantam, ao invés disso, sua vitória. A maior questão que paira sobre a candidatura de Scott pode ser se sua narrativa apoiada na religiosidade pode atrair eleitores republicanos suficientes para vencer as primárias, já lotadas.