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Relatório de investigação sobre Trump é divulgado para o público

Inquérito livrou presidente da suspeita de conluio com o governo russo, mas detalhes do documento ainda não eram conhecidos

Por Redação
Atualizado em 18 abr 2019, 16h33 - Publicado em 18 abr 2019, 12h47
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  • Foi divulgado nesta quinta-feira, 18, o relatório completo da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre o chamado ‘Russiagate’, a suposta interferência russa nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em 2016. O documento eximiu o presidente Donald Trump de um suposto conluio com o governo russo, mas os detalhes do inquérito ainda não eram conhecidos.

    Antes da publicação, o procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, fez um pronunciamento aos jornalistas confirmando que o presidente não recorreu ao seu direito de escolher pessoalmente quais trechos seriam omitidos da versão pública. 

    “O presidente confirmou que, em nome da transparência e da elucidação completa para o povo americano, ele não irá impor seu privilégio sobre o relatório do conselho especial”, disse Barr durante os comentários sobre as descobertas de Mueller em dois anos de investigação.

    Segundo ele, o relatório confirma as intenções do governo russo de influenciar a corrida presidencial vencida por Trump, mas prova que “não houve conspiração” do republicano com a administração de Vladimir Putin.

    Para o procurador-geral, também não há “provas suficientes” de que o presidente americano tenha obstruído a Justiça na investigação conduzida pelo procurador especial.

    Com a divulgação dos detalhes, Barr está enfrentando fortes críticas sobre sua interpretação das informações no inquérito. Membros da oposição democrata chegaram a questionar a independência e imparcialidade de seu trabalho, já que o procurador foi indicado ao cargo por Trump.

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    Apesar de não ter encontrado provas de uma aliança com a Rússia, o documento de 448 páginas revela que, em junho de 2017, Trump pediu ao seu ex-conselheiro Don McGahn que conseguisse a demissão de Mueller por “conflito de interesse”, o que configuraria obstrução de justiça.

    McGahn contou ao conselho especial, coordenador do inquérito, que pediu demissão por “se sentir em uma encruzilhada, já que não queria seguir as ordens do presidente”.

    Considerada uma “grande vitória” por aliados de Trump, a investigação da equipe de Mueller foi responsável pelo indiciamento de 35 pessoas, muitas delas parte da campanha presidencial republicana e da atual administração federal.

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    (Com EFE)

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