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Reino Unido e mais quatro países adotam restrição contra variante africana

Nações barraram voos da África do Sul e de outros países do sul do continente onde a nova cepa foi detectada

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 nov 2021, 09h21
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  • Reino Unido, Alemanha, Itália, Áustria e Israel adotaram restrições contra a entrada de turistas da África do Sul após a identificação de uma nova variante da Covid-19 no país. Segundo cientistas, a nova cepa batizada de B.1.1.529 tem disseminação extremamente rápida.

    As primeiras nações a anunciarem medidas neste sentido foram Reino Unido e Israel, ainda na noite de quinta-feira 25. O governo britânico decidiu restringir os voos da África do Sul e mais cinco países da região sul do continente africano: Namíbia, Zimbábue, Botswana, Lesoto e Suazilândia. A administração israelense adotou uma medida semelhante, mas também incluiu Moçambique na sua lista vermelha.

    A Comissão Europeia marcou uma reunião para a tarde desta sexta-feira, 26, para propor a suspensão dos voos do sul da África. Mas antes mesmo do encontro, Alemanha, Itália e Áustria já anunciaram medidas neste sentido.

    “A situação está evoluindo muito rápido, queremos ter garantias máximas para frear a expansão da variante”, afirmou um porta-voz da Comissão Europeia à agência de notícias AFP.

    ‘Medidas precoces’

    O governo da África do Sul se manifestou e classificou como precoces as medidas adotadas. Em nota, a nação afirmou que seu Executivo “respeita o direito de todos os países de tomar as medidas de precaução necessárias para proteger os seus cidadãos”. No entanto, classifica as restrições como “apressadas”.

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    O mercado britânico é especialmente importante para a economia sul-africana, por isso, o Ministério de Relações Internacionais e Cooperação se apressou em emitir um comunicado, logo depois do anúncio de Londres. Um porta-voz da pasta, Clayson Monyela, disse que o governo irá “dialogar com todos os países” para que as restrições sejam revistas, já que nem a Organização Mundial da Saúde (OMS) teve tempo de avaliar a nova variante.

    A identificação da B.1.1.529 foi anunciada ontem no país africano, a partir de análises realizadas em meados deste mês. Ela é caracterizada por mais de 30 mutações, que podem escapar da resposta imunológica do corpo e torná-la mais transmissível.

    Ao todo, 59 casos foram identificados até o momento. A maioria dos infectados está na África do Sul, mas a nova variante também já foi detectada em Botsuana e Hong Kong.

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