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Regime de Maduro manda prender cinco pessoas por apagões na Venezuela

Na OEA, representante da oposição venezuelana acusa ditador de "semear morte e desassossego"

Por Da Redação
23 abr 2019, 19h30
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  • O regime de Nicolás Maduro determinou a prisão de cinco pessoas sob a acusação de terem atacado o sistema elétrico e provocado os apagões que afetam a Venezuela desde março. O ministro da Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, qualificou os suspeitos de “terroristas” nesta terça-feira, 23, e explicou que o principal alvo deles foi a usina hidrelétrica de Guri, no estado de Bolívar, que fornece 80% da energia consumida pelo país.

    “Temos até agora cinco capturados dentre os que participaram de alguns dos ataques. Sabemos com perfeita clareza o modus operandi (deles), disse Rodríguez à imprensa no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.

    Outras 19 pessoas estariam envolvidos nos apagões, considerados pelo governo de Nicolás Maduro como atos de terrorismo e de sabotagem cibernética, eletromagnética e física. Desde 7 de março, foram registrados cerca de 280 ataques incendiários e 45 “ataques menores”, além dos que tiveram Guri como alvo, segundo o ministro.

    Entre os cinco suspeitos presos, Rodríguez mencionou apenas um: Otoniel Ramón Sánchez, um engenheiro elétrico cuja prisão foi denunciada por sua família na semana passada. O governo de Maduro pediu a prisão dos outro quatro venezuelanos, que estão no exterior: Julio César Acuña e Jesús Rodríguez Landony, nos Estados Unidos, Ramón Oswaldo García, na Espanha, e Miguel Freitas, na Colômbia.

    Especialistas no setor elétrico culpam o governo socialista pela falta de manutenção da infraestrutura e pela corrupção, que resultaram nos frequentes apagões em toda a Venezuela. Organizações de direitos humanos denunciaram a “perseguição” das autoridades aos trabalhadores da Corporação Elétrica Nacional (Corpoelec), após os apagões.

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    OEA

    Gustavo Tarre, representante na Organização dos Estados Americanos (OEA) do líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó, acusou Maduro de “semear morte e desassossego”, de ter “destruído” os sistemas educativo e sanitário e não oferecer serviços essenciais de transporte e eletricidade.

    “A única função estatal exercida por Nicolás Maduro é a repressão e o uso da força para semear a morte e o desassossego”, destacou Tarre, em seu primeiro discurso no Conselho Permanente da OEA.

    Tarre afirmou que, sob o governo de transição de Guaidó, a Venezuela “voltará” ao sistema interamericano de direito, cujos pilares são a própria OEA, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e a Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH). Há dois anos, Maduro iniciou o processo de retirada do país da OEA. Em 2012, o então presidente venezuelano Hugo Chávez (1954-2013) já denunciado a Convenção Americana de Direitos Humanos e tirado a Venezuela da jurisdição da Corte IDH.

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    O Conselho Permanente da OEA aprovou no último dia 9 de abril uma resolução para “aceitar a nomeação de Tarre como representante permanente da Venezuela, designado pela Assembleia Nacional, até a posse de um governo democraticamente eleito. Nove Estados-membros da organização – Uruguai, México, Nicarágua, Guiana, São Vicente e Granadinas, Suriname, Bolívia, Barbados, São Cristóvão e Nevis – rejeitaram a resolução.

    (Com EFE)

     

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