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Reforma judicial de Netanyahu leva 500 mil israelenses às ruas em protesto

Segundo as estimativas dos organizadores, cerca de 5% da população se opõe às mudanças que retiram poder da Suprema Corte

Por Da Redação
Atualizado em 13 mar 2023, 09h06 - Publicado em 13 mar 2023, 09h00
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  • Meio milhão de israelenses foram às ruas na décima semana consecutiva de protestos contra os planos do governo de Benjamin Netanyahu de reformar o sistema judicial do país, afirmaram os organizadores nesta segunda-feira, 13.

    Israel tem uma população de pouco mais de 9 milhões. Portanto, se as estimativas dos organizadores estiverem corretas, cerca de 5% do país se opõe às propostas.

    Quase metade dos manifestantes – cerca de 240 mil – se reuniram em Tel Aviv, disseram os organizadores. Em Jerusalém, várias centenas de manifestantes se reuniram em frente à casa do presidente, Isaac Herzog, carregando bandeiras israelenses e cantando slogans como “Israel não será uma ditadura”.

    + Israel: Militares protestam contra governo ‘ditatorial’ de extrema direita

    Na quinta-feira 9, Herzog – cujo papel é amplamente cerimonial – instou o governo de Netanyahu a desistir da legislação de revisão judicial.

    Os manifestantes e críticos do plano de Netanyahu dizem que as mudanças vão enfraquecer os tribunais do país e corroer a independência do judiciário, subjugando-o aos outros ramos do governo do país.

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    + Judeus contra judeus: a praga da radicalização política inferniza Israel

    O pacote daria ao parlamento de Israel, o Knesset, o poder de anular as decisões da Suprema Corte por maioria simples. Também daria ao governo o poder de nomear juízes, que atualmente cabe a um comitê composto por juízes, juristas e políticos. Isso retiraria o poder e a independência dos assessores jurídicos dos ministérios do governo e retiraria o poder dos tribunais de invalidar nomeações “irracionais”, como fez o Supremo em janeiro, forçando Netanyahu a demitir o ministro do Interior e da Saúde, Aryeh Deri.

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