O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, seguiu o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em uma visita a Israel para demonstrar seu apoio durante a guerra contra o Hamas. Ao mesmo tempo, porém, ambos líderes tentaram pressionar Tel Aviv para aliviar o cerco ao enclave palestino.
Sunak, que desembarcou em Tel Aviv poucas horas depois da partida de Biden, pegou emprestada uma frase de Winston Churchill, prometendo apoiar o governo israelense “em sua hora mais sombria”. Mais tarde, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ele disse: “Sei que vocês estão tomando todas as precauções para evitar ferir civis, em contraste direto com os terroristas do Hamas, que procuram colocar os civis em perigo”.
“Acima de tudo, estou aqui para expressar minha solidariedade ao povo israelense. Vocês sofreram um ato de terrorismo indescritível e horrível e quero que saibam que o Reino Unido e eu estamos com vocês”, disse Sunak. “Queremos que vocês vençam.”
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Biden voltou para Washington, D.C. na noite de quarta-feira 18, depois de confirmar uma oferta do Egito para permitir que 20 caminhões de ajuda humanitária entrem em Gaza nos próximos dias – ainda uma fração dos 100 por dia que as Nações Unidas disseram ser necessários.
Mais de 100 caminhões aguardam no lado egípcio, embora nenhum deles deva cruzar a fronteira antes da próxima sexta-feira, 20, no mínimo.
Israel disse que permitiria que uma quantidade limitada de suprimentos chegue a Gaza pelo Egito, desde que nada pudesse cair nas mãos do Hamas. O país reiterou que só vai liberar ajuda humanitária através das fronteiras israelenses depois que os 200 reféns capturados pelos terroristas forem libertados, deixando claro que não haverá trégua nos bombardeios.
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“Na Faixa de Gaza, todos os lugares onde o Hamas tocou ou está tocando serão atingidos e destruídos”, disse um comandante da base aérea israelita de Ramat David. “Somos uma máquina de guerra que sabe fazer duas ou três vezes o que está sendo feito agora.”
Autoridades de saúde de Gaza disseram nesta quinta-feira, 19, que os bombardeios já mataram quase 3.500 pessoas e feriram mais de 12 mil. A ONU afirmou que cerca de metade dos habitantes da faixa ficaram desabrigados, ainda presos dentro do enclave, um dos lugares mais densamente povoados do planeta, com 2,2 milhões de habitantes.