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Venezuela: oposição denuncia 14 mortos durante a votação

A jornada da Constituinte foi marcada pela violência e pela baixa participação popular

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2017, 21h43 - Publicado em 30 jul 2017, 20h45
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  • A Mesa de Unidade Democrática (MUD), que reúne partidos opositores na Venezuela, denunciaram a morte de 14 pessoas durante a repressão aos protestos neste domingo, 30. A informação foi transmitida pela deputada opositora Delsa Solórzano. Ela acrescentou que uma das vítimas é um menino de 13 anos. Dez das mortes aconteceram no interior do país, em Mérida e Táchira.

    Até agora, o Ministério Público confirmou sete mortos durante as jornadas de protestos contra a votação para a Assembleia Nacional Constituinte, convocada pelo presidente Nicolás Maduro.

    No total, segundo números da Procuradoria venezuelana, 114 pessoas morreram desde o início da onda de protestos no país, em abril.

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    Abstenção

    A aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) calcula que apenas 12% dos venezuelanos com direito a voto foram neste domingo às urnas para escolher os integrantes da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) convocada pelo presidente, Nicolás Maduro, para mudar a Carta Magna.

    O deputado da MUD Andrés Velásquez informou que houve 2.483.073  votos contabilizados nos centros de votação às 18h (hora local), horário de encerramento do pleito.

    Horas antes, a  deputada Delsa Solórzano havia estimado 9% a taxa de participação popular. Segundo ela, 25% de quem foi aos colégios eleitorais votou nulo, uma cifra que ela atribui aos funcionários públicos que consideraram estar obrigados a participar do pleito.

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    Segundo o governador do estado de Miranda, o opositor Henrique Capriles, houve 2,2 milhões de votantes até as 15h (horário local). Quase 19,5 milhões de venezuelanos estão inscritos no censo eleitoral.

    Em entrevista coletiva, o presidente do Parlamento, Julio Borges, mencionou uma baixa participação nas urnas, em contraste com declarações de lideranças governistas, como Héctor Rodríguez, que antecipam um alto comparecimento da população.

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    Em nome da coalizão de partidos da oposição, a MUD, Borges convocou “a Força Armada digna, a majoritária”, a entender que, “hoje mais do que nunca, seu papel é defender a Constituição”.

    “Solicitamos o apoio à única Assembleia legítima e legal do nosso país: a Assembleia Legislativa”, insistiu López, em prisão domiciliar desde 8 de julho passado por questões de saúde, após a mediação do ex-chefe de governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero.

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    Explosão em Caracas

    Um agente ficou ferido após a explosão de três motos da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) nas imediações de um protesto contra as eleições realizadas neste domingo para escolher a Assembleia Nacional Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro na Venezuela (veja abaixo).

    Ainda não se sabe o que provocou a explosão, que aconteceu na Praça Altamira, próximo a uma fileira de policiais motorizados, e causou tumulto entre as centenas de pessoas que se concentravam a poucos metros para protestar contra a votação.

    Os demais agentes que integravam a comitiva da polícia – que desde o início do dia reprime concentrações contra a Constituinte – desceram das motos para auxiliar seus colegas e dispararam balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para manter longe os jornalistas, que também foram agredidos.

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    Minutos depois, parte dos manifestantes – jovens mascarados para se proteger das bombas – entraram em confronto com os policiais.

    (Com agências internacionais)

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