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Navios da China e Filipinas quase batem, elevando tensão no Mar Meridional

O capitão da BRP Sindangan, embarcação de patrulha filipina, teria desligado o motor e recuado para evitar acidente

Por Da Redação
Atualizado em 6 out 2023, 18h34 - Publicado em 6 out 2023, 18h33
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  • O conturbado Mar da China Meridional foi palco nesta sexta-feira, 6, de uma quase colisão entre navios da China e das Filipinas. Segundo a agência de notícias Reuters, o capitão da BRP Sindangan, embarcação de patrulha filipina, teria desligado o motor e recuado para evitar o acidente, enquanto a guarda costeira chinesa anunciou, por meio de um megafone, que estava partindo da região.

    “De acordo com as leis internacionais e nacionais das Filipinas, estamos prosseguindo”, teria respondido um membro da tripulação. “Solicitamos que se mantenha afastado do nosso caminho.”

    O disputado Mar da China Meridional é compartilhado por uma gama de territórios que, além de China e Filipinas, incluem Taiwan – considerada uma província rebelde por Pequim –, Macau, Malásia, Brunei, Indonésia, Singapura, Tailândia, Camboja e Vietnã. No entanto, o governo do presidente chinês, Xi Jinping, reivindica o domínio de toda a extensão das águas, enquanto países vizinhos procuram defender seus direitos soberanos nas zonas econômicas exclusivas (ZEE).

    + China instala barreira flutuante em área do mar disputada com as Filipinas

    O navio da guarda costeira filipina estava escoltando barcos menores, que transportavam suprimentos para soldados a bordo do Sierra Madre, um navio encalhado na ilha de recifes Second Thomas Shoal desde em 1999, que serve como base para a Marinha das Filipinas. A embarcação, administrada inicialmente pelos Estados Unidos, também foi utilizada na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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    “Eles [os chineses] realizaram manobras perigosas e operações de bloqueio para impedir as nossas operações rotineiras de fornecimento de suprimentos às nossas tropas militares”, disse Jay Tarriela, da guarda costeira filipina, ao defender o direito de seu país de explorar suas ZEE.

    A presença de militares na carcaça enferrujada é fonte de dor de cabeça para China. O país demanda que os restos do navio sejam retirados do recife, já que considera a região como parte das suas águas. Com canhões de água, o exército chinês tem tentado, a todo custo, impedir que os soldados lá estabelecidos recebam suprimentos. Pequim também implementou navios modernos na área para que a guarda costeira possa realizar operações de vigilância.

    As relações entre Manila e Pequim azedaram ainda mais neste ano. Em maio, o presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., fez a primeira visita à capital americana, Washington, em mais de 10 anos. Em conversa com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ele procurou tratar do que define como “a situação geopolítica mais complicada do mundo no momento”: as relações China-Filipinas.

    Na ocasião, Biden reforçou protegeria seu aliado caso ocorressem ataques “em qualquer parte do Mar da China Meridional”. Os países são signatários de um Tratado de Defesa Mútua.

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