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Putin diz que ameaça de guerra nuclear ‘está aumentando’

Presidente diz ter consciência do poder destrutivo das armas nucleares, mas se recusou a dizer que não seria o primeiro a utilizá-las

Por Da Redação
Atualizado em 7 dez 2022, 18h26 - Publicado em 7 dez 2022, 15h44
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  • O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira, 7, que o arsenal nuclear da Rússia é um “fator de dissuasão” em conflitos e parou de prometer que não seria o primeiro a usá-lo. Em uma reunião anual de seu conselho de direitos humanos, que foi televisionada, ele afirmou que a ameaça de uma guerra nuclear estava “aumentando”.

    Putin insistiu que a Rússia não “enlouqueceu” e que vê seu próprio arsenal nuclear como um impedimento puramente defensivo. Ele voltou a advertir que a ameaça de uma guerra nuclear está aumentando no mundo, reiterou que vai defender seu país e aliados “com todos os meios de que dispomos, se for necessário” e culpou os Estados Unidos por fazerem ameaças desse tipo.

    “Não enlouquecemos, percebemos o que são as armas nucleares. Temos esses meios de forma mais avançada e moderna do que qualquer outro país nuclear, isso é um fato óbvio. Mas não vamos correr o mundo brandindo essa arma como uma navalha”, disse.

    + Qual o tamanho do arsenal nuclear que a Rússia de Putin tem nas mãos

    Apesar da fala, Putin se recusou a apoiar o pedido de um dos membros do conselho para declarar publicamente que a Rússia nunca usaria as armas primeiro. Para ele, a partir do momento em que o país se diz disposto a não atacar primeiro, também não haverá ações depois.

    Putin afirmou ainda que a Rússia “poderia ser o único garantidor da integridade territorial da Ucrânia”, acrescentando que o conflito pode ser longo.

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    “Tudo cabe aos novos líderes da Ucrânia”, disse o presidente russo.

    Ele também indicou que mais uma mobilização nesta fase não era necessária, pois apenas 150 mil dos 300 mil soldados mobilizados estavam em combate.

    + Após aceno de Biden, Putin se diz aberto a solução diplomática na Ucrânia

    Em resposta, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, disse que o bloco não está cedendo à chantagem e à manipulação do Kremlin.

    “Precisamos permanecer firmes, manter o curso e continuar pressionando o país agressor. A União Europeia está neste momento preparando o nono pacote de sanções e precisamos continuar a fornecer todo o apoio necessário à Ucrânia”, disse ele.

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