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PT apoia Maduro e acusa Bolsonaro de submeter-se à política dos EUA

Em nota, Gleisi Hoffmann considera posição do Brasil e de Washington como 'intervenção' e 'golpe de estado'

Por Da Redação
Atualizado em 24 jan 2019, 17h01 - Publicado em 24 jan 2019, 16h22
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  • A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, discursa momentos antes do partido registrar a candidatura do ex-presidente Lula no TSE, para concorrer ao cargo de presidente da República - 15/08/2018
    A presidente do PT, Gleisi Hoffmann: 'Bolsonaro embarca em crise que não é nossa' - 15/08/2018 (Evaristo Sá/AFP)

    O Partido dos Trabalhadores (PT) deu seu apoio nesta quinta-feira, 24, ao regime de Nicolás Maduro, neste momento desafiado pelo líder da oposição, Juan Guaidó, que declarou-se presidente interino da Venezuela. Em nota publicada em seu portal na internet, a presidente petista, Gleisi Hoffmann, acusa o presidente Jair Bolsonaro, de interferir em assuntos internos venezuelanos e de submeter-se à política externa dos Estados Unidos.

    Com sua manifestação, o PT se alinha à Rússia e aos países bolivarianos, que já expressaram repúdio às pressões domésticas e internacionais em favor da renúncia de Maduro e rechaçaram o reconhecimento de Guaidó como presidente interino da Venezuela.

    “Incapaz de lidar com os problemas reais do Brasil, o governo de Jair Bolsonaro intrometeu-se nos assuntos internos de um país vizinho, a Venezuela, submetendo-se de forma humilhante à política externa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump“, afirmou Hoffmann na nota.

    “Repudiamos a intervenção na Venezuela e conclamamos as forças democráticas da América Latina a retomar o diálogo político independente que vínhamos construindo neste Século XXI.”

    O texto deu vazão aos argumentos do próprio Maduro para defender-se da ampla manifestação popular em favor de sua renúncia, na quarta-feira 23. A presidente do PT destacou os fatos de que Maduro foi “eleito pela maioria da população” – sem considerar as denúncias de fraude e a pequena participação de oposicionistas no pleito de maio de 2018 – e que o “governo autoproclamado” de Guaido “que não tem origem no voto” – sem mencionar que o mesmo se apresentou como presidente interino até que novas eleições sejam realizadas.

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    Com esse argumento, ela conclui que “Jair Bolsonaro embarca o Brasil numa crise que não é nossa, ao invés de contribuir para uma solução política”.

    O PT considerou os apoios dos Estados Unidos, do Brasil, da União Europeia e mais seis países a Guaidó, como presidente interino, como uma “intervenção estrangeira” e um “golpe de estado” na Venezuela. A situação, para Hoffmann, “remete à América Latina de volta ao século passado; ao tempo da Guerra Fria” e pode transbordar para um conflito militar na região.

    “Quantos golpes de estado, quantas ditaduras se estabeleceram no continente sob o pretexto de ‘defender a democracia’? E sempre de acordo com os interesses dos Estados Unidos”, insistiu a petista, para quem a Venezuela pode se tornar “um novo Iraque” na vizinhança sul-americana.

    Em sua argumentação, a presidente do PT insistiu haver “desafios comuns” ao Brasil e à Venezuela na fronteira. Entre outros, mencionou o comércio intenso favorável ao Brasil, que gera empregos e riqueza no nosso pais – o mesmo praticamente anulado pela falta de pagamentos da Venezuela aos exportadores brasileiros e pela crise econômica sem precedentes naquele país. “Ao Brasil interessa uma Venezuela em paz, soberana e em desenvolvimento”, concluiu.

    Gleisi aproveitou o episódio para expressar a divergência do PT aos rumos da política externa de Bolsonaro. Assinalou que o Brasil construiu boas relações com outros países com base no princípio da autodeterminação dos povos, tornou-se respeitado mediador de conflitos na América latina e todo o mundo e desemprenhou papel importante no Mercosul, na União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

    “Hoje, os novos organismos políticos regionais estão sendo deliberadamente esvaziados por governos de direita, entre os quais se inclui o de Bolsonaro”, denunciou.

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