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Promotoria francesa pede 4 anos de prisão para ex-presidente Sarkozy

Nicolas Sarkozy é acusado de tentativa de suborno a um juiz em troca de informação privilegiada sobre outro processo que enfrentava

Por Da Redação
8 dez 2020, 17h55
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  • O Ministério Público Financeiro da França (PNF) pediu nesta terça-feira, 8, quatro anos de prisão, sendo dois em pena reduzida, para o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy em meio ao julgamento por corrupção e tráfico de influência.

    O ex-mandatário de 65 anos, que governou a França de 2007 a 2012, é acusado de ter tentado subornar o então juiz Gilbert Azibert com um cargo no principado de Mônaco. Ele teria oferecido o posto em troca de informações confidenciais sobre um processo envolvendo fraude fiscal e irregularidades no financiamento de sua campanha presidencial de 2007

    O processo em questão, conhecido como caso Bettencourt e encerrado em 2013, teria sido “viciado” pela violação de informações que deveriam estar protegidas “de maneira absoluta”, disse a procuradora Céline Guillet.

    A procuradora afirmou que uma conversa mostra “esmagadoramente” que Sarkozy ofereceu a Azibert o cargo em Mônaco, o qual o ex-magistrado nunca assumiu.

    “Apenas promessa claramente formulada […] é suficiente para caracterizar as duas ofensas [corrupção e tráfico de influência]”, disse Guillet.

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    Os procuradores também pediram a mesma pena de quatro anos de prisão para os co-acusados, Azibert e o advogado habitual de Sarkozy, Thierry Herzog. Para esse último, o Ministério Público Financeiro pediu também uma proibição de cinco anos do exercício da profissão.

    Sarkozy disse ao tribunal na segunda-feira 7 que “nunca cometeu o menor ato de corrupção” e prometeu ir “até o fim” para limpar seu nome.

    As acusações de corrupção e tráfico de influência são passíveis de punição com penas de até 10 anos e multa de um milhão de euros (6,2 milhões de reais).

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    Este julgamento é inédito, já que Sarkozy é o primeiro ex-presidente da França desde a instauração da 5ª República francesa, em 1958, a se sentar fisicamente no banco dos réus.

    Antes dele, apenas Jacques Chirac, seu antecessor e mentor político, foi julgado e condenado por desvio de dinheiro público quando era prefeito de Paris. No entanto, devido a problemas de saúde, ele nunca compareceu ao tribunal.

    (Com AFP)

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