O príncipe Charles da Inglaterra sucederá sua mãe, rainha Elizabeth II, como líder da Commonwealth (Comunidade Britânica) quando esta falecer, conforme acordo firmado nesta sexta-feira (20) em Windsor, ao oeste de Londres, os dirigentes dos 53 países que integram essa comunidade de nações.
Ontem a soberana britânica havia pedido que Charles fosse escolhido como seu sucessor em ato no palácio de Buckingham, durante a inauguração da cúpula bienal da Commonwealth.
Elizabeth II reconheceu seu “desejo” de “um dia o príncipe de Gales continuar desempenhando o grande trabalho” que seu pai, o rei George VI, começou em 1949 e que ela desempenha desde 1952.
Como o cargo não é hereditário, não passaria automaticamente para o príncipe Charles com o falecimento da monarca britânica, que amanhã completa 92 anos. A decisão cabia aos países da Commonweatlh, que se reuniram hoje no Castelo de Windsor e concordaram que o cargo passará ao primogênito da rainha. Charles tem atualmente 69 anos.
A Commonwealth é integrada atualmente por 53 países, quase todos eles com vínculos históricos com o Reino Unido. Essa organização, após o referendo de 23 de junho de 2016, no qual o Reino Unido decidiu sair da União Europeia, recuperou importância com a liberdade que o país terá para adotar acordos comerciais com seus membros.
Nesse sentido, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou ontem a abertura de novos cargos diplomáticos em nove países da Commonwealth.
Segundo Johnson, o Reino Unido tem uma das “maiores marcas diplomáticas do mundo” e sua rede externa é “fundamental para promover” o interesse nacional, “particularmente depois do ‘Brexit’. “