A princesa japonesa Ayako de Takamado está comprometida com um empresário de uma das maiores companhias de transporte do mundo, o que significa sua renúncia ao status de realeza, de acordo com anúncio feito nesta terça-feira (26) por fontes da família imperial japonesa.
Ayako, de 27 anos é filha do príncipe Norihito, já falecido. Ela deve se casar com Kei Moriya, da companhia de transporte japonês NYK Line – parte do consórcio Mitsubishi –, informou a agência local Kyodo citando a fontes da Casa Imperial do Japão.
Terceira filha da família imperial Takamado, o pai de Ayako era primo do imperador Akihito e faleceu em 2002 por conta de um ataque cardíaco; sua mãe é a princesa Hisako, muito conhecida por participar de atos públicos, culturais e esportivos, como a candidatura para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.
Ela conheceu o empresário através de sua mãe, que era próxima à família Moriya devido a eventos sociais. Eles se conheceram há menos de um ano e anunciaram o noivado em 12 de agosto. O casamento está previsto para ocorrer em 29 de outubro. Segundo a Lei da Casa Imperial japonesa, as mulheres – que também não podem reinar – devem renunciar seu status imperial quando casam com alguém que não pertence à realeza.
Ayako é formada na Universidade Internacional de Josai, na província de Chiba, onde também trabalha como pesquisadora.
Ela não será a primeira princesa a abdicar do título, mas está expondo um impasse que a família imperial japonesa terá que gerenciar: como compatibilizar as leis em vigor com a linha de sucessão. Em 2014, a princesa Noriko, irmã de Ayako, se casou com Kunimaro Senge, filho mais velho do principal sacerdote de Izumo Taisha, um santuário xintoísta na província de Shimane.
A família real japonesa passa a ter 17 membros, sendo apenas cinco deles homens, os únicos que podem assumir o trono: fora o atual imperador Akihito (83), a Casa Imperial conta com o irmão do imperador, o príncipe Hitachi (81), o príncipe herdeiro Naruhito (57), o príncipe Akishino (51) e o príncipe Hisahito (11).
A família chegou a cogitar uma legislação que permitisse às mulheres ascenderem ao trono, porém, o nascimento de Hisahito, depois de 40 anos sem nascimentos de homens, fez com que a ideia fosse abandonada. Uma nova deliberação propõe que novos membros – inclusive plebeus – possam assumir o trono.
O imperador Akihito planeja deixar o trono em 2019.
(Com EFE)