O presidente do Congresso da Venezuela, Jorge Rodríguez, pediu nesta terça-feira, 30, a prisão dos líderes da oposição Edmundo González e María Corina Machado durante um discurso na Assembleia Nacional da Venezuela .
Em um discurso, o parlamentar acusou ambos de terem atitudes fascistas por contestarem os resultados eleitorais, acrescentando que com o fascismo “não há diálogo, não se recebem benefícios processuais”.
“Com o fascismo não há compromisso, as leis são aplicadas a ele. Com isso quero dizer que o Ministério Público tem que agir como está agindo, não só com os bandidos, os patrões deles, quem mandou, quem pagou, tem que ser preso, e quando digo patrões, não estou apenas referindo-me a María Corina, que deve ir para a prisão, refiro-me a Edmundo González Urrutia, porque é o chefe da conspiração fascista que tentam impor na Venezuela”, afirmou.
De acordo com ele, a campanha de María Corina e González foi uma tentativa de “semear uma guerra civil”.
Rodríguez aproveitou para reconhecer os resultados emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e elogiar o “povo glorioso”, que votou de forma “pacífica, democrática e patriótica”.
“Sem dúvida, neste domingo, 28 de julho, a democracia voltou a triunfar em nosso país, a vontade do povo venezuelano triunfou ”, comentou a representante chavista Grecia Colmenares.
O CNE declarou Maduro como vencedor com 51,2% dos votos contra 44,2% de González, principal candidato da oposição.
O resultado, no entanto, foi contestado pela comunidade internacional e pela população venezuelana, que saiu às ruas para manifestar contra o resultado.
Desde domingo, milhares foram às ruas de Caracas em protestos contra a reeleição de Maduro.