O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Elvis Amoroso, reiterou nesta sexta-feira, 2, que Nicolás Maduro foi reeleito nas eleições presidenciais com 51,95% dos votos contra os 43,18% obtidos pelo candidato da oposição, Edmundo González.
De acordo com o boletim apresentado por ele, o resultado foi anunciado depois que 80% das atas foram verificadas.
Amoroso afirmou que o CNE não publicou os resultados devido a um “ataque massivo” ao sistema da instituição que não impediu a proclamação de Maduro como vencedor.
Segundo ele, a invasão cibernética de diferentes partes do mundo “atrasaram a transmissão das atas e o processo de divulgação dos resultados”.
No balanço do conselho, o mandatário venezuelano obteve 6.408.884 votos, enquanto González reuniu 5.326.104.
A votação deste último domingo, 28, contou com a presença de 59,97% dos cadernos eleitorais, dos quais 0,41. % são considerados votos nulos devido a alguma anomalia no processo.
O boletim foi divulgado três dias depois que a oposição venezuelana divulgou que 81% dos registros eleitorais demonstram que González conquistou a presidência por ampla margem.
Essa versão foi reconhecida por países como os Estados Unidos, Argentina e Peru.
Após a denúncia de fraude, uma onda de protestos tomou conta do país que resultaram na morte de 12 pessoas e deixaram 1.200 detidos.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou para que todas as partes da Venezuela “resolvam qualquer disputa eleitoral por meios pacíficos”, criticando em seguida a prisão de manifestantes.