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Porta-bandeira israelense da Olimpíada autografou bombas lançadas em Gaza

No ano passado, o judoca Peter Paltchick publicou imagens em suas redes sociais dos projéteis, dizendo que seria 'um prazer' enviá-las ao enclave

Por Da Redação
Atualizado em 24 jul 2024, 16h03 - Publicado em 24 jul 2024, 15h51

O porta-bandeira de Israel na Olimpíada de Paris 2024, Peter Paltchik, publicou no ano passado imagens em suas redes sociais de bombas israelenses, que ele autografou, a serem lançadas contra a Faixa de Gaza. Na postagem, o atleta, nascido na Ucrânia, desenhou em um dos foguetes a bandeira israelense, acrescentando na legenda que seria um “prazer” enviá-las.

“De mim para você, com prazer”, escreveu o atleta na plataforma X, antigo Twitter, colocando um emoji sorrindo e as hashtags #HamasisISIS e #IsraelAtWar (“Hamas é o Estado Islâmico” e “Israel em guerra”).

Paltchik foi escolhido para liderar o contingente olímpico de Israel como porta-bandeira ao lado da atleta Andi Murez. Ele é ex-campeão europeu de judô de Praga 2020 e chegou a ganhar uma medalha de bronze na Olímpiada de Tóquio. A cerimônia de abertura deste ano será realizada no Rio Sena nesta sexta-feira, 26.

Desde que Israel começou a sua ofensiva em Gaza, após o ataque terrorista do Hamas em território israelense no dia 7 de outubro que matou cerca de 1.200 pessoas, o país tem enfrentado condenações internacionais. Desde o início da guerra, quase 39 mil palestinos foram mortos, incluindo mulheres e crianças, e mais de 90 mil foram feridos.

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O governo israelense foi acusado de genocídio na Corte Internacional de Justiça (CIJ) por deixar Gaza em ruínas, que já declarou uma crise humanitária.

Ameaças olímpicas

Desde o início da temporada olímpica, atletas israelenses já foram alvos de represálias, inclusive do político francês de esquerda, Thomas Portes, que afirmou durante um comício pró-Palestina que os competidores de Israel não eram “bem-vindos na Olimpíada”.

Na última semana, diversos atletas olímpicos israelenses receberam mensagens ameaçadoras por e-mail e telefone, incluindo Paltchik. Segundo o jornal The Times of Israel, o judoca, junto com o nadador Meiron Amir Cheruti, receberam convites para seus próprios funerais.

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Dentre as mensagens enviadas, uma delas ameaçava repetir o massacre dos Jogos Olímpicos de Munique de 1972, quando atletas israelenses foram feitos de reféns pelo grupo palestino Setembro Negro. Ao todo, os terroristas mataram 11 integrantes da equipe olímpica de Israel.

O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, anunciou nesta semana que a delegação olímpica israelense receberá proteção diária de 24 horas.

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