O líder da minoria democrata do Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, afirmou nesta sexta-feira 8 que o presidente Donald Trump “está transformando a política externa” do país “em uma piada internacional”. Schumer referiu-se especialmente à proposta do presidente americano de readmitir a Rússia no G7.
“O presidente Trump está transformando nossa política externa em uma piada internacional, o que causa um dano persistente ao nosso país, sem nenhum tipo de explicação ou razão”, afirmou Schumer, por comunicado.
Trump afirmou hoje que a Rússia deveria voltar a fazer parte do grupo de países mais industrializados. O grupo foi composto de sete membros entre 1975 e 1998, quando incorporou Moscou e passou a ser chamado de G8. Com a invasão e anexação da península da Crimeia por ordem de Vladimir Putin, em 2014, a Rússia foi expulsa, e o grupo voltou a ser G7.
O presidente americano fez a sugestão pouco antes de embarcar ao Canadá para participar do encontro anual de líderes do grupo, que acontecerá entre hoje e amanhã na cidade de La Malbaie, perto de Québec.
“Goste ou não, e isso pode não ser politicamente correto, mas nós temos um mundo a governar. E no G7, que costuma ser G8, eles expulsaram a Rússia. Eles devem permitir que a Rússia volte ao grupo”, afirmou Trump, cuja campanha eleitoral de 2016 está sob investigação federal por suspeita de ter sido favorecida por Moscou.
De acordo com o líder democrata no Senado americano, a ideia de Trump de convidar de novo a Rússia ao G7, justamente quando essas investigações estão em curso, deixará “milhões de americanos com sérias dúvidas e suspeitas”.
“Precisamos que o presidente seja capaz de distinguir entre nossos aliados e nossos adversários e tratar cada um conforme seus atos. Em um tema após outro, ele falhou em fazer essa análise”, insistiu Schumer, para quem a política externa de Trump é “errática”.
A proposta de Trump foi imediatamente apoiada pelo novo primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, mas tende a ser vetada por colegas europeus.
A Casa Branca anunciou ontem que o presidente americano deixará a reunião do Canadá antes de seu encerramento para viajar diretamente para Singapura, onde no dia 12 de junho deve se reunir com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un.
(Com EFE)