A polícia de Israel recomendou neste domingo (2) que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu seja indiciado pelos “crimes de suborno, fraude e abuso de confiança”. Segundo a denúncia, o premiê tomou “decisões reguladoras para favorecer Shaul Elovitch”, principal acionista do Grupo Bezeq e da agência de notícias “Walla”, que teria feito uma cobertura positiva de Netanyahu e de sua família em troca de favores.
As autoridades policiais também indicaram que existem provas para indiciar a mulher do premiê, Sara Netanyahu, por “suborno, fraude, abuso de confiança e interrupção de procedimentos de investigação e judiciais”.
Netanyahu, contra quem a polícia já apresentou recomendações em fevereiro por outros dois casos de corrupção, divulgou um breve comunicado em que nega seu envolvimento e o de sua esposa nos crimes.
O caso provocou reação imediata em políticos da oposição, que foram às redes sociais para pedir a renúncia do primeiro-ministro. “Netanyahu deve sair antes que destrua as agências que aplicam a lei para salvar a sua própria pele”, declarou a deputada Tzipi Livni, dirigente do Campo Sionista, a principal força de oposição ao premiê no Knesset, o parlamento israelense.
Especula-se que a denúncia poderá levar à convocação de eleições antecipadas. Netanyahu conseguiu evitar esse procedimento há poucas semanas. Ele já enfrenta uma crise política decorrente da renúncia de Avigdor Lieberman ex-ministro da Defesa que deixou o governo por não concordar com a trégua firmada com palestinos na Faixa de Gaza.
(Com EFE)