A polícia de Hong Kong anunciou nesta segunda-feira, 3, que vai oferecer recompensas em dinheiro para encontrar oito proeminentes ativistas pró-democracia em exílio no exterior. Autoridades darão 1 milhão de dólares honcongueses (mais de R$ 600 mil) a quem tiver informações que ajudem a levar às suas prisões.
Os ativistas, incluindo os ex-parlamentares Nathan Law, Dennis Kwok e Ted Hui, foram processados por violar crimes de segurança nacional. As acusações vão desde conluio com forças estrangeiras até subversão do poder do Estado.
Depois de deixar Hong Kong nos últimos anos, muitos desses ativistas continuaram a se manifestar contra o que dizem ser a repressão de Pequim às liberdades e autonomia de sua cidade natal.
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O grupo de sete homens e uma mulher está espalhado pelos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália – países que suspenderam seus tratados de extradição com Hong Kong devido a preocupações com uma polêmica lei de segurança nacional.
A regulamentação foi imposta pelo governo da China a Hong Kong em 2020, depois que grandes protestos pró-democracia agitaram a cidade semiautônoma no ano anterior. O texto criminaliza a secessão, a subversão, o terrorismo e o conluio com potências estrangeiras, acarretando uma pena máxima de prisão perpétua.
Críticos dizem que a legislação foi usada para esmagar o movimento de oposição da cidade, reformar seu sistema eleitoral e silenciar sua mídia. Muitas dos proeminentes ativistas honcongueses foram detidos ou fugiram.
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O governo de Hong Kong nega que a lei de segurança nacional seja usada para suprimir liberdades. Insiste, ao invés disso, que a regulamentação pôs um fim no “caos” e restaurou a estabilidade da cidade.
Nesta segunda-feira, a polícia disse em entrevista coletiva que 260 pessoas foram presas sob a lei de segurança nacional, com 79 delas condenadas por crimes como subversão e terrorismo. O superintendente sênior Steve Li, do departamento de segurança nacional da polícia, disse a repórteres que a polícia emitiu mandados de prisão do tribunal para os oito ativistas.
“Não estamos encenando nenhum show ou espalhando terror. Estamos cumprindo a lei”, disse ele.
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Law, atualmente no Reino Unido, disse em um comunicado que, embora a notícia seja estressante e signifique que ele precisa ter mais cuidado se for viajar, não é surpreendente. O ex-parlamentar criticou a lei de segurança nacional por “suprimir vozes dissidentes” e pediu que o público não coopere com o governo.
“Não devemos nos silenciar ou nos limitar, não devemos ser intimidados ou chantageados politicamente, ou viver com medo”, afirmou.