Com a retomada das buscas por Madeleine McCann, menina britânica que desapareceu há 16 anos em Portugal, a polícia responsável pela investigação comunicou nesta quinta-feira, 1, ter coletado “vários itens” que podem estar relacionados ao caso.
A pedido de autoridades alemães, a operação realizou uma nova inspeção na Barragem do Arade, um reservatório português que foi revistado em 2008 por mergulhadores contratados pelo advogado independente Marcos Aragão Correia.
Ainda em julho de 2020, a polícia alemã informou que Christian Bruckner era considerado o principal suspeito do sequestro e que Madeleine provavelmente teria sido assassinada. No ano passado, o alemão foi acusado por outros cinco crimes, incluindo abuso e assédio sexual de crianças entre 2000 e 2017, sendo formalmente identificado no caso da garota britânica pela promotoria do país.
Bruckner já cumpre uma pena de sete anos pelo estupro de uma americana de 72 anos, ocorrido em 2005, pouco antes do desaparecimento de McCann. O homem morou, inclusive, perto do resort onde a família de Madeleine passou férias em 2007.
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Após a finalização dos três dias de buscas, Ministério Público de Braunschweig agradeceu pela parceria “excelente e muito construtiva” entre Reino Unido, Portugal e Escritório Federal de Polícia Criminal da Alemanha. A pasta informou, ainda, que uma área predefinida do reservatório foi explorada à procura de possíveis evidências.
“Vários itens foram apreendidos na operação. Eles serão avaliados nos próximos dias e semanas”, aponta. “Ainda não é possível dizer se alguns dos itens estão realmente relacionados ao caso Madeleine McCann”.
À procura de vestígios, as águas da barragem foram revistadas por barcos, enquanto oficiais examinaram a vegetação ao redor. O reservatório está situado a cerca de 48 km do hotel na Praia da Luz, em Algarve, onde a britânica foi vista pela última vez.
Segundo a TV portuguesa, um raio de 1,6 quilômetro do local foi isolado pelos policiais, onde 20 agentes, incluindo ingleses e alemães, fizeram as novas buscas.