Peru apreende cocaína marcada com nome de Hitler e símbolos nazistas
Carga soma 58 quilos e estava escondida no sistema de ventilação de contêiner que carregava aspargos
A polícia peruana apreendeu nesta quinta-feira, 25, 58 sacos de um quilo de cocaína embalados em um pacote com a bandeira nazista e gravados com o nome de Adolf Hitler. Apesar de autoridades já terem encontrado diferentes símbolos nos embrulhos da droga nas operações, é a primeira vez que confiscam uma remessa com apologias nazistas, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
Descobertos no porto de Paia, próximo à fronteira com o Equador, os pacotes estavam escondidos no sistema de ventilação de um contêiner que carregava aspargos no navio de bandeira liberiana SC Anisha R. Outros 80 compartimentos da embarcação, que seguiria viagem em direção à Bélgica, também foram revistados.
O Peru é responsável pela produção de cerca de 90 toneladas de drogas anualmente, segundo análise das autoridades peruanas. A maior parte dos narcóticos sai do país por vias marinhas e é distribuída na Europa. Pequenos aviões também seriam utilizados para o transporte dos produtos destinados à Bolívia, rota responsável pela repartição das drogas nos portos do Atlântico.
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Segundo as Nações Unidas e a Agência Antidrogas dos Estados Unidos, o país e o segundo maior produtor mundial de folha de coca e de cocaína. O próprio Hitler teria sido, inclusive, consumidor de cocaína, heroína e morfina. No livro Der Totale Rausch (Delírio total, em português), o alemão é definido como “um viciado consumado cujas veias estavam quase em colapso quando ele se retirou para o último de seus bunkers”.
O best-seller trata do “abuso de drogas na Alemanha Nazista”. Hitler teria iniciado o uso de narcóticos pesados no verão de 1943, quando a guerra apresentava prognósticos negativos para os alemães, incluindo o consumo de cocaína em pelo menos 15 ocasiões diferentes. “E não era uma pequena dose da droga. Era a substância pura dada a ele pela SS (Schutz-Staffel, corpo de elite e guarda-costas do Führer)”, afirma a obra.