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Perto de controle do Senado, democratas vencem primeira disputa na Geórgia

Vitorioso, Raphael Warnock se torna primeiro senador negro eleito pelo estado do sul do país; pela outra cadeira, democrata Jon Ossof lidera disputa

Por Da Redação Atualizado em 6 jan 2021, 08h48 - Publicado em 6 jan 2021, 08h27

Um dos dois candidatos democratas ao Senado dos Estados Unidos, Raphael Warnock venceu as eleições de terça-feira na Geórgia, aproximando o partido da possibilidade de assumir o controle da Câmara Alta. Pela outra cadeira, Jon Ossoff liderava a disputa.

Warnock, pastor de uma igreja de Atlanta em que pregava Martin Luther King, derrotou a senadora republicana Kelly Loeffler no segundo turno das eleições estaduais, de acordo com projeções das redes CNN, CBS e NBC. Com a vitória, ele se torna o primeiro senador negro eleito pelo estado do sul do país.

Se vitorioso, Ossoff pode se tornar, com 33 anos, o senador democrata mais jovem desde Joe Biden, em 1973. Ele tinha 50,1% dos votos na disputa contra o senador republicano David Perdue, mas a vitória ainda não está confirmada.

“Esta noite, mostramos que com esperança, trabalho árduo e pessoas ao nosso lado, tudo é possível”, disse Warnock a seus apoiadores, em um discurso virtual. Sua adversária ainda não admitiu a derrota.

De acordo com as projeções da imprensa americana sobre a votação, quando já foram apurados mais de 97% dos votos, o democrata teria ultrapassado 50% dos votos, com uma vantagem de mais de 30 mil sobre Loeffler.

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A poucas horas da sessão no Congresso para formalizar o triunfo de Biden nas eleições de 3 de novembro, os resultados preliminares na Geórgia são promissores para o presidente eleito.

Se o segundo resultado for confirmado neste estado sulista tradicionalmente conservador, seria um golpe duro para o Partido Republicano, que, após perder a Casa Branca há dois meses, perderia o controle do Senado.

Os democratas já têm maioria na Câmara de Representantes e acreditam em uma vitória na Geórgia estimulada pelo triunfo apertado de Biden no estado nas eleições presidenciais de 3 de novembro, o primeiro do partido no estado desde 1992. 

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No cenário em que ambos os democratas vencem, o Senado ficaria com 50 cadeiras para cada partido, motivo pelo qual a futura vice-presidente, Kamala Harris, teria o voto decisivo, fazendo com que a balança pendesse para o seu lado nessa Câmara, atualmente de maioria republicana. Ao ser empossado em 20 de janeiro, Biden já teria maioria no Congresso para aplicar seu programa com maior facilidade.

Também representaria um duro golpe para o presidente Donald Trump, que não reconhece a derrota e que iniciou uma luta com alegações de teorias da conspiração sobre uma suposta fraude que, segundo analistas, foi contraproducente para seu partido nas eleições de terça-feira.

Segundo o portal FiveThirtyEight, que compila pesquisas de intenção de voto no país, os candidatos democratas tinham uma pequena vantagem na véspera da eleição. O volume antecipado de votos também indica um alto comparecimento, que tende a ajudar o Partido Democrata, enquanto o Partido Republicano confia nos votos depositados nesta terça-feira para reverter a aparente desvantagem.

Mais de três milhões dos sete milhões de eleitores registrados votaram de maneira antecipada, um recorde para eleições parciais do Senado na Geórgia. A importância das eleições no estado do sul do país também é refletida nos gastos de campanha: 832 milhões de dólares, segundo o Center for Responsive Politics, um organismo independente que analisa os valores investidos pelos partidos políticos.

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