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Pequim fecha parques e museus após aumento de casos de Covid-19 na China

Governo voltou a aplicar medidas mais severas para conter a nova onda de infecção; número de casos diários é maior do que 20 mil por uma semana

Por Da Redação
22 nov 2022, 10h41
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  • O governo de Pequim anunciou o fechamento de parques, shoppings e museus nesta terça-feira, 22, à medida que as testagens em massa para a Covid-19 voltaram a ser realizadas em todo o país. O aumento no número de casos da doença da China traz novas preocupações a respeito da economia e diminui as esperanças de uma reabertura do país. 

    Na última segunda, o Sistema Nacional de Saúde detectou 28.127 novos diagnósticos em todo o território chinês, valor que se aproxima do pico diário de abril, com as cidades de Guangzhou, no sul, e Chongqing, no sudeste, respondendo por cerca de metade do valor total. É o sétimo dia consecutivo que o total de casos ultrapassa a marca de 20 mil

    + China registra primeiras mortes por Covid-19 em quase seis meses

    Na capital, os casos seguem batendo recordes diários, situação que fez com que o governo voltasse a pedir que seus moradores ficassem em casa, além da exigência de teste negativo de Covid feito em até 48 horas para entrar em prédios públicos. 

    A onda de infecções vem em um momento que o governo chinês estava flexibilizando sua política de Covid zero, para aliviar algumas restrições severas como bloqueios e testagens em massa quase três anos depois do início da pandemia. 

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    O final de semana ficou marcado pelas primeiras mortes pela doença em quase seis meses – duas mortes no sábado e uma no domingo. Na última segunda, outros dois óbitos foram confirmados. Além de Pequim, Xangai também exigiu o fechamento de locais culturais e de entretenimento em sete de seus 16 distritos após relatar 48 novos casos locais. 

    Mesmo com o ajuste e flexibilização das restrições, a China segue sendo exceção global no combate à pandemia, mantendo grandes blocos populacionais em isolamento e suas fronteiras fechadas. 

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    A adoção de novas medidas para conter os surtos renovaram a preocupação de investidores, pesando sobre as ações e levando analistas a reduzirem previsões de crescimento anual do PIB.

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    A economia chinesa enfrenta uma de suas mais lentas taxas de crescimento em décadas: uma gigantesca bolha imobiliária estourou, o desemprego entre jovens atingiu recordes e o setor privado foi paralisado pela Covid.

    Os investidores esperavam que a flexibilização pudesse trazer uma melhoria significativa, mas a reabertura total requereria um grande esforço de vacinação e uma mudança na estratégia de contenção das infecções. Como resposta, as autoridades dizem que planejam construir mais capacidade hospitalar e clínicas de febre para rastrear pacientes e estão formulando uma campanha de vacinação.

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    As empresas focadas em serviços direcionados a clientes também temem não sobreviver até o próximo ano, já que a população continua segurando dinheiro por medo de novos bloqueios. 

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