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Pentágono se recusa a usar o Exército contra manifestantes nos EUA

Trump havia ameaçado usar o Exército contra os protestos ao redor do país. Para chefe do departamento, uso das forças militares deve ser 'último recurso'

Por Da Redação
3 jun 2020, 16h18
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  • Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ameaçado utilizar o Exército para acabar com os protestos contra a morte de George Floyd, o secretário da Defesa, Mark Esper, se colocou contra o uso dos militares para coibir os manifestantes. Segundo a imprensa americana, é a primeira vez que o Pentágono entra em choque diretamente com a Casa Branca.

    “Eu não apoio o uso da Lei da Insurreição”, disse durante uma coletiva de imprensa. “Sempre acreditei e continuo acreditando que a Guarda Nacional é mais adequada para prestar apoio interno às autoridades civis nestas situações”, afirmou o secretário de Defesa.

    O chefe do Pentágono indicou que o . Pae apenas nas situações mais urgentes e graves”, e os Estados Unidos não se encontram nesta situação, Esper afirmou. “Meu objetivo é o de deixar o departamento longe da política”, concluiu.

    Os maiores protestos desde 1968 nos Estados Unidos tiveram início após a morte de Floyd, afrodescendente que, sob custódia e acusado de tentar comprar um maço de cigarro usando uma nota falsa, foi asfixiado por policial branco – uma autópsia independente constatou que o óbito ocorreu por “asfixia por pressão”. O ex-policial Derek Chauvin foi indiciado por assassinato pelo Estado de Minnesota.

    Após uma semana de protestos contínuos, alguns pacíficos e outros marcados por episódios de violência como confronto com a polícia e saques em lojas, o governador do Minnessota, o democrata Tim Walz, anunciou que o Estado irá investigar a conduta racista da polícia nos últimos 10 anos e que irá trabalhar para acabar com as práticas discriminatórias dentro da corporação.

    Trump, por outro lado, apenas rotulou os manifestantes como “ladrões” e “terroristas” ameaçando usar a força para dispersar os manifestantes. Na segunda-feira, após uma coletiva de imprensa, o presidente ordenou que a polícia usasse gás de lacrimogênio e balas de borracha contra um ato pacífico para liberar sua passagem da Casa Branca até a Igreja de São João – conhecida como a  igreja dos presidentes, uma vez que todos os líderes do país lá rezam desde o século XIX.

    Ao chegar no prédio histórico, Trump ergueu uma Bíblia e posou para uma foto. Os funcionários da igreja afirmaram que o presidente sequer rezou.

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