A Alemanha registrou nesta quarta-feira, 30, pela primeira vez, mais de mil mortes em um único dia pela Covid-19. Nas últimas 24 horas, foram contabilizados novos 1.129 óbitos pela doença , o maior número desde o início da pandemia.
O recorde anterior era o da quarta-feira 23, quando faleceram 962 pessoas. Ao todo, o país soma 32.362 óbitos. Também foram registrados novos 22.459 contágios, elevando o número a 1.703.863 casos confirmados, segundo a Johns Hopkins University.
O instituto de vigilância sanitária Robert Koch (RKI), equivalente à Anvisa no Brasil, já havia alertado que os números dos últimos dia estavam incompletos porque as autoridades de saúde regionais não haviam enviado todos os dados por causa das festas de Natal.
Apesar da campanha de vacinação ter começado no domingo 27, uma mulher de 101 anos, que mora em uma casa de repouso, tornou-se a primeira cidadã alemã a receber a vacina contra a Covid-19 um dia antes do início oficial da campanha na Alemanha.
Edith Kwoizalla, residente de um asilo em Halberstadt, no leste do país, recebeu sua primeira dose da vacina desenvolvida pela farmacêutica alemã BioNTech em parceria com a americana Pfizer. Em seguida, outros 40 moradores e dez funcionários do asilo na região da Saxônia-Anhalt também foram imunizados.
O governo alemão espera distribuir 1,3 milhão de doses entre os 16 estados antes da chegada de 2021. A meta do governo é poder oferecer a todos os cidadãos a opção de serem vacinados até meados do ano que vem, explicou o ministro da Saúde, Jens Spahn.
Após a fase inicial, que terá lugar diretamente nas casas de repouso, a vacinação terá continuidade nos centros distribuídos para este fim em todo o país. Espera-se que cerca de 700.000 doses semanais sejam administradas a partir de janeiro.
Como na maioria dos países da União Europeia, será uma campanha gradual que começará com os grupos mais vulneráveis, residentes em lares de idosos, pessoas com mais de 80 anos de idade e profissionais de saúde mais expostos a infecções.
A Alemanha garantiu 300 milhões de doses, por meio do bloco europeu ou de seus próprios contratos, para atender às necessidades do país de maior peso demográfico do bloco comunitário, com 83 milhões de habitantes.