Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Parceria EUA-Brasil debate violento passado escravocrata de ambos países

Evento no RJ reunirá embaixadora americana, Elizabeth Bagley, e pesquisadores para discutir história e memória da luta pela emancipação

Por Da Redação
20 Maio 2024, 16h42

O Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 23, vai sediar um evento que unirá história e memória da escravidão no Brasil e nos Estados Unidos. A abolição é separada por décadas entre os países — os americanos promulgaram a a Lei de Emancipação dos Escravos em 1863, ainda que os ecos do racismo se façam ouvir até hoje; os brasileiros atestaram a proibição somente em 1988, formalizada pela Lei Áurea, mas depois de anos de luta da população negra. Estima-se que, apenas no Rio de Janeiro, aportaram 2 milhões de escravizados africanos.

O conjunto de palestras é fruto do trabalho da Rede de Pesquisa Passados Presentes, da Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com o Smithsonian Institution, com sede em Washington. O grupo de pesquisa brasileiro já conta com um site em que são disponibilizadas informações sobre “lugares de memória da escravidão no Brasil, acrescidas de verbetes sobre o patrimônio imaterial do estado do Rio de Janeiro, tais como rodas de capoeira, grupos de jongo e quilombos”, de acordo com o portal do projeto.

Para tratar sobre o assunto espinhoso, estarão presentes a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, e o secretário do Smithsonian, Lonnie Bunch III. No cargo desde 2019, Bunch é o primeiro homem negro a dirigir o instituto, que reúne 21 museus e sete centros de pesquisa do governo americano. Eles serão acompanhados pela diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto, e pela historiadora da Universidade de Pittsburgh, Keila Grinberg.

+ Portugal reconhece culpa por escravidão no Brasil e fala em reparação

Continua após a publicidade

Discurso de Biden

Um ano após assumir o comando da Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, destacou em discurso no Dia em Memória da Escravidão, em 19 de junho, a importância de não esquecer que a história americana é marcada pela escravização. O democrata lembrou que “milhões [de africanos] foram sequestrados e traficados”, o que definiu como “o pecado original da América”.

“As grandes nações não se escondem da sua história. Elas reconhecem o seu passado, tanto os triunfos como as tragédias. Hoje é um dia para refletir sobre o terrível custo da escravidão e sobre a profunda capacidade da nossa nação para se curar e emergir mais forte”, disse ele na ocasião.

Os Estados Unidos lucraram, e muito, com o tráfico de escravos para o Brasil. Entre 1831 e 1850, embarcações americanas corresponderam a 58,2% de todos os chamados navios negreiros rumo ao território brasileiro.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.