O diretor da agência de inteligência dos Estados Unidos, a CIA, fez uma viagem secreta à China no mês passado, informou a mídia americana nesta sexta-feira, 2. O objetivo da visita seria resfriar as tensões elevadas entre Pequim e Washington.
Bill Burns, que também é uma das pessoas mais próximas ao presidente Joe Biden, é um ex-diplomata graduado, e frequentemente encarregado de missões delicadas no exterior.
O diretor da CIA foi à na China logo depois que Pequim interrompeu a maioria das comunicações regulares entre altos funcionários diplomáticos, de inteligência e militares devido ao abate de um balão espião chinês pelos Estados Unidos, no início de fevereiro. A visita foi noticiada primeiro pelo jornal Financial Times, e depois confirmadas por veículos como CBS News.
Com isso, Burns é o funcionário mais importante do governo Biden a entrar em território chinês.
Nas últimas semanas, a Casa Branca tem tentado retomar negociações de alto nível com o Partido Comunista Chinês. O conselheiro de segurança nacional do governo, Jake Sullivan, teve uma reunião de uma hora com o diplomata mais graduado da China, Wang Yi, em 11 de maio e, dias antes, o embaixador americano na China, Nicholas Burns, se reuniu com o ministro das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, em Pequim.
Além disso, Xie Feng, o novo embaixador de Pequim em Washington, chegou aos Estados Unidos na semana passada para assumir um cargo que estava vago há quatro meses.
Durante a a cúpula do G7, no Japão, no mês passado, Biden disse que esperava um “descongelamento” das relações em breve, sem fornecer detalhes. Burns viajou à China antes desse comentário.
Enquanto isso, um telefonema entre Biden e o presidente chinês, Xi Jinping, que o americano disse em fevereiro que também aconteceria “em breve”, ainda não ocorreu.