O papa Francisco fez neste domingo, 1º, sua primeira aparição pública depois de cancelar compromissos por três dias seguidos. Da janela do palácio apostólico, no Vaticano, durante a tradicional oração do Angelus, na Praça de São Pedro, o pontífice afirmou que por causa de um “resfriado” não vai poder participar de um retiro espiritual com a Cúria em Ariccia, ao sul de Roma.
Em meio a um grave surto de coronavírus na Itália, o papa foi visto com sintomas de resfriado na quarta. Desde então, cancelou compromissos por “indisposição”. O porta-voz do Vaticano afirmou neste domingo que não há qualquer suspeita de que Francisco tenha contraído a doença. “Não há evidências que nos levem a diagnosticar nada além de uma leve indisposição”, disse o porta-voz do Vaticano, quando questionado pela imprensa.
Líder da Igreja Católica, com 83 anos, Francisco perdeu parte dos pulmões devido à uma doença respiratória ainda quando jovem — ele também sofre de problemas no quadril, mas, ainda assim, não costuma cancelar compromissos.
Além de relatar sua enfermidade, o papa mostrou-se preocupado com os milhares de migrantes que chegaram nos últimos dias à fronteira entre a Grécia e a Turquia. “Estou um pouco triste por causa das notícias de tantas pessoas deslocadas, de tantos homens, mulheres e crianças expulsas por causa da guerra, tantos migrantes que pedem refúgio e ajuda pelo mundo”, disse o pontífice, que pediu aos fiéis que orem por eles.
Na sexta-feira, a Turquia anunciou que havia aberto suas fronteiras terrestres e marítimas para permitir a passagem de migrantes, o que reacendeu a preocupação da Europa com uma nova onda de migração como aconteceu em 2015, por causa da guerra na Síria.
(Com Agência France-Presse)