Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Pacto Mundial da ONU para a Migração é aprovado formalmente

EUA, Itália, Austrália, Israel e vários países da Europa Central se retiraram do acordo antes mesmo de sua assinatura

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 09h45 - Publicado em 10 dez 2018, 09h37
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Pacto Mundial para a Migração das Nações Unidas foi aprovado formalmente nesta segunda-feira, 10, em Marrakech, no Marrocos, em uma conferência intergovernamental que reuniu quase 160 países.

    Itália, Austrália, Israel e vários países da Europa Central, contudo, se retiraram do pacto nas últimas semanas, enquanto os Estados Unidos se opuseram ao acordo desde o início. As nações temem que o pacto represente perda de soberania e se preocupavam com a falta de distinção entre imigração legal e ilegal no rascunho do compromisso final.

    Ao destacar os esforços feitos para chegar ao pacto, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou que os países não devem sucumbir ao medo da migração. Em seu discurso de abertura, ele denunciou as “muitas mentiras” sobre o texto, que recebeu críticas de nacionalistas e dos partidários do fechamento das fronteiras.

    O pacto, que pretende reforçar a cooperação internacional para uma “migração segura, ordenada e regular”, ainda deve passar por uma última votação de ratificação em 19 de dezembro na Assembleia-Geral da ONU.

    Mesmo com as ausências, a reunião contou com a presença de dois terços dos países-membros da ONU. Seu documento, porém, poderá impactar as vidas de 258 milhões de pessoas que vivem longe dos locais onde nasceram.

    Continua após a publicidade

    O pacto destaca princípios como a defesa dos direitos humanos, das crianças e do reconhecimento da soberania nacional e enumera propostas para ajudar os países a enfrentar as migrações, como o intercâmbio de informação e de experiências ou a integração dos migrantes. Também proíbe as detenções arbitrárias e apenas autoriza as prisões como medida de último recurso.

    A Organização Internacional para as Migrações (OIM), calcula que os imigrantes representam 3,4% da população mundial e têm média de idade de 39 anos. Do total, 48% são mulheres e 14% têm menos de 20 anos. Dois terços desta população vive na Europa e na Ásia, e 64% mudaram de país com o objetivo de trabalhar.

    Membros da ONU, liderados pela representante especial para Migração Internacional, Louise Arbour, se empenham em repetir que o pacto é um documento não vinculativo. Ou seja, não exige que as medidas nele propostas sejam cumpridas pelos países.

    Continua após a publicidade

    Por sua vez, a presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, reiterou que o documento é um instrumento flexível que se adapta à necessidade nacional dos Estados.

    “É um momento histórico porque damos uma feição humana à emigração”, disse María, antes de acrescentar que os Estados, “por mais poderosos que sejam, não podem enfrentar o desafio migratório sozinhos”.

    Os ativistas dos direitos humanos, contudo, consideram que o acordo não vai longe o suficiente em termos de ajuda humanitária, serviços básicos e direitos trabalhistas dos migrantes. Já seus críticos o consideram uma incitação aos fluxos migratórios sem controle.

    Continua após a publicidade

    Para responder às desconfianças, todos os oradores que hoje tomaram a palavra insistiram que a soberania dos estados não será de modo algum diminuída e ressaltaram que a migração é um problema global e requer soluções globais.

    (Com AFP e EFE)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.