O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse nesta terça-feira, 29, que a aliança vai aumentar a ajuda à Ucrânia, já que o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu usar o inverno como arma de guerra porque suas forças estão falhando no campo de batalha.
“Todos nós já vimos fotos de satélites onde você vê a Europa iluminada e, depois, a Ucrânia totalmente escura. Reconstruir tudo isso será uma enorme tarefa”, disse Stoltenberg.
“O presidente Putin está tentando usar o inverno como uma arma de guerra”, completou.
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Também nesta terça-feira, os ministros das Relações Exteriores da Otan se reúnem em Bucareste para uma reunião de dois dias que, segundo Stoltenberg, serviria como uma plataforma para mobilizar mais apoio à Ucrânia.
As negociações devem se concentrar em aumentar a assistência militar à Ucrânia, como sistemas de defesa aérea e munição, mas também podem abordar a chamada “ajuda não letal” – bens como combustível, suprimentos médicos, equipamentos de inverno e bloqueadores de drones.
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou os ucranianos sobre novos ataques russos nesta semana que podem ser tão graves quanto os da semana passada (os piores até agora), que deixaram milhões de pessoas sem aquecimento, água ou energia.
A Rússia reconhece ter atacado a infraestrutura ucraniana, mas nega que sua intenção seja ferir civis.
“Vai ser um inverno terrível para a Ucrânia, então estamos trabalhando para fortalecer nosso apoio para que ela seja resiliente”, disse um diplomata europeu sênior à agência de notícias Reuters.
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A Alemanha, que detém a presidência do G7, também agendou uma reunião do Grupo dos Sete nações ricas com alguns parceiros à margem das negociações da Otan, para tentar acelerar a reconstrução da infraestrutura de energia da Ucrânia.
Além disso, Washington está trabalhando com empresas dos Estados Unidos e nações europeias para localizar equipamentos que possam ajudar a restaurar estações de transmissão de alta tensão danificadas por ataques de mísseis russos, comunicou o Departamento de Estado.