A história tem todos os elementos de um thriller de espionagem. Em agosto, a imprensa americana reportou que diplomatas, familiares e membros da embaixada dos Estados Unidos em Cuba foram vítimas de incidentes que provocaram sintomas como perda de audição, náuseas, dores de cabeça e distúrbios de equilíbrio. Médicos diagnosticaram condições como lesões cerebrais traumáticas leves e danos ao sistema nervoso central dos afetados, que relataram, de acordo com a imprensa americana, terem escutado ‘sons incomuns’.
“Sim, tem algo acontecendo”, disse a porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, sobre os incidentes que afetaram 24 americanos relacionados ao posto diplomático do país em Havana. O governo não confirmou – e tampouco desmentiu – a possibilidade de as vítimas terem sido alvos de ataques sônicos, linha de investigação que, segundo a imprensa local, é considerada por Washington. A hipótese é questionada por especialistas, que afirmam ser quase impossível investidas acústicas terem causado os problemas relatados.
Oficialmente, não há detalhes sobre o que teria causado os sintomas, cujos primeiros registros remetem a novembro de 2016, sobre quem são os diplomatas afetados e nem mesmo sobre onde os possíveis ataques ocorreram. Contudo, membros do governo americano ouvidos pela rede CNN apontam que sofisticados dispositivos que emitem sons imperceptíveis ao ouvido humano poderiam causar os supostos ataques. Armas sônicas, em suma.
Confira os mitos e verdades sobre o suposto ataque e as possibilidades de uso do som como arma.