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Opositor russo é detido antes de protesto em Moscou

Alexei Navalny convocou uma manifestação contra a corrupção no governo de Vladimir Putin, para um lugar não autorizado pelas autoridades

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 21h39 - Publicado em 12 jun 2017, 09h48
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  • O líder da oposição da Rússia, Alexei Navalny, foi detido em sua casa nesta segunda-feira, horas antes de um protesto não autorizado contra o governo. O advogado, que faz campanhas de combate à corrupção no país, tem apoio crescente da população e deseja enfrentar o atual presidente, Vladimir Putin, nas eleições de 2018.

    “Alexei foi preso na entrada do nosso bloco de apartamentos”, escreveu Yuliya, esposa de Navalny, no Twitter. “Ele me pediu para transmitir que nossos planos não mudaram”, acrescentou, em referência à manifestação marcada para a tarde de hoje.

    O governo da Rússia concedeu permissão para protestos em 169 locais pelo país nesta segunda-feira, feriado nacional desde 1990. A data marca o dia em que o país voltou a ser um Estado soberano, mesmo ainda anexado à União Soviética. Além de manifestações da oposição, também há celebrações militares e comemorações organizadas pelo governo para hoje.

    Navalny, principal rosto da resistência a Putin, havia recebido uma rara concessão para realizar um protesto em Moscou, próximo ao centro da cidade. Segundo o jornal The Guardian, porém, o ativista afirmou na noite de domingo que empresas foram instruídas pelas autoridades municipais a não alugarem equipamentos de som para o seu evento.

    Em discordância à atitude da prefeitura, Navalny decidiu transferir a manifestação para Tverskaya, rua perto da Praça Vermelha, com a justificativa de que “comprometimento é possível, mas não humilhação”. A polícia informou que pode deter aqueles que aparecerem com cartazes no local, ou que pareçam estar protestando.

    De acordo com a rede CNN, diversas detenções já foram registradas pelo país durante as manifestações de hoje. Em março, 1.000 pessoas foram presas em protestos convocados por Navalny, que acusou o primeiro-ministro Dmitry Medvedev de corrupção. A maioria foi liberada rapidamente, mas alguns, incluindo o próprio Navalny, ficaram presos por 15 dias por desobediência às autoridades.

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