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Oposição venezuelana denuncia prisão de coordenadora de campanha

María Oropeza, que chefiou as operações da coalizão de Edmundo González em nível estadual, teria sido detida na madrugada desta quarta-feira

Por Da Redação
Atualizado em 7 ago 2024, 11h36 - Publicado em 7 ago 2024, 08h37
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  • A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, denunciou nesta quarta-feira, 7, a prisão da coordenadora de campanha da coalizão de Edmundo González, María Oropeza. A dirigente atuava no estado de Portuguesa, onde teria sido detida no início da madrugada.

    “O regime acaba de levá-la à força e não sabemos onde ela se encontra. Sequestraram ela! Peço a todos, dentro e fora da Venezuela, que exijam sua libertação imediata”, afirmou Corina em publicação no X, antigo Twitter.

    Também no X, a coalizão opositora publicou um vídeo do suposto momento em que os policiais entram na casa de Oropeza para realizar a prisão. A gravação parece ter sido feita a partir de uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

    O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, afirmou que a prisão de Oropeza se soma às denúncias de crimes contra a humanidade do regime de Maduro, com mais de 1.000 detenções resultantes de perseguições políticas.

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    “Essa irracionalidade repressiva deve ser parada já”, disse ele.

    O incidente ocorre em meio à escalada de repressão contra a oposição e seus apoiadores, que contestam por fraude o resultado das eleições do último domingo que deu vitória ao ditador Nicolás Maduro.

    Antes disso, na semana passada, o partido Vontade Popular (VP), que faz parte da coalizão opositora, disse que seu líder, Freddy Superlano, havia sido detido pelos serviços de inteligência do regime de  Maduro. Os agentes invadiram sua casa em Caracas, mostrou um vídeo publicado na conta do X do ex-deputado. O episódio ocorreu em meio à contestação dos resultados eleitorais, que deram vitória ao presidente bolivariano na segunda-feira, pela oposição e por grande parte da comunidade internacional.

    “Devemos denunciar responsavelmente ao país que há poucos minutos foi sequestrado o nosso coordenador político nacional, Freddy Superlano”, anunciou no X o partido VP.

    Superlano foi ativamente incorporado ao comando de campanha de Edmundo González, candidato que substituiu a vencedora das primárias da oposição, María Corina Machado, inabilitada pelo regime chavista por supostas irregularidades financeiras, nunca comprovadas.

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    Posteriormente, o partido Vente Venezuela, que faz parte da coalizão de González e é liderado por Corina, também denunciou que sua sede em Caracas foi atacada na semana passada por um grupo de seis pessoas encapuzadas.

    + Como morre uma democracia: os impactos do novo avanço autoritário de Maduro

    “Assalto às 3h com arma de fogo em ‘El Bejucal’, sede nacional do Vente Venezuela e escritório de María Corina Machado. Seis homens encapuzados e sem identificação subjugaram os seguranças. Eles os ameaçaram e passaram a fazer pichações, arrombar portas e levar equipamentos e documentos”, publicou o grupo no X.

    O comunicado acrescentou: “Denunciamos o ataque e a insegurança a que estamos sujeitos por motivos políticos e alertamos o mundo sobre a (necessidade de) proteção dos nossos membros”.

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