A oposição da Venezuela convocou nesta segunda-feira, 17, uma greve nacional contra o presidente Nicolás Maduro, em uma escalada de protestos após o referendo simbólico realizado no fim de semana. O líder da oposição Freddy Guevara em nome da coalizão Unidade Democrática, disse que a “hora zero” estava chegando – em referência a uma operação contra o governo que prevê atos de desobediência civil.
“Convocamos o país inteiro na quinta-feira, 20, para se juntar maciçamente e pacificamente a uma greve cívica nacional de 24 horas como um mecanismo de pressão”, acrescentou.
A oposição informou que também tomará medidas para estabelecer um governo paralelo de “unidade nacional” e nomear novos juízes alternativos para o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, pró-Maduro.
Referendo
Após meses de manifestações que levaram a cerca de 90 mortes confirmadas pelo Ministério Público, a coalizão Unidade Democrática informou ter levado 7,6 milhões de pessoas no domingo, 18, para uma votação não oficial com objetivo de deslegitimar a convocação da Assembleia Constituinte, prevista para 30 de julho.
Em três questões no evento de domingo, apoiadores da oposição votaram em maioria – 98 por cento – para rejeitar a nova Assembleia proposta, exigir que o Exército defenda a Constituição existente e apoiar eleições antes que o mandato de Maduro termine.