A equipe da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) enviada à Síria não foi autorizada a acessar a cidade de Duma para investigar o suposto ataque químico ocorrido na semana passada.
O chefe da delegação britânica da organização, Peter Wilson, pediu à Rússia e à Síria, aliados no conflito armado no país árabe, “cooperação” com a investigação e advertiu que o acesso à região do ataque é “essencial” para o trabalho dos analistas da Opaq.
O vice-ministro do Exterior da Rússia, Sergei Ryabkov, confirmou que a equipe de investigação foi impedida de entrar em Duma pelas forças russas e sírias que controlam a cidade. Afirmou que a Opaq só poderá acessar a área com a permissão do Departamento de Segurança e Proteção da Organização das Nações Unidas (ONU).
Mais cedo, a Embaixada da Rússia na Holanda, onde a Opaq é sediada, havia reforçado seu comprometimento em deixar a organização fazer o seu trabalho, afirmando que não iria interferir nas investigações.
Ao menos 40 pessoas teriam morrido no ataque em Duma, que, até esse fim de semana, era a última cidade tomada por rebeldes fora da capital Damasco.
Mais cedo nesta segunda, o enviado dos Estados Unidos para a Opaq acusou a Rússia de ter manipulado o local onde supostamente aconteceu o ataque.
“É nosso entendimento que os russos podem ter visitado o local do ataque. É nossa preocupação que eles podem ter manipulado o local com a intenção de impedir os esforços da missão de investigação da Opaq de conduzir um inquérito efetivo”, afirmou o embaixador americano Kenneth Ward.
(Com EFE, AFP e Estadão Conteúdo)