O subsecretário-geral para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Martin Griffiths, afirmou nesta quarta-feira, 18, que o órgão internacional considera abrir uma investigação própria sobre a explosão no Hospital Batista al-Ahli, no centro da Faixa de Gaza.
“A ONU certamente vai querer fazer a sua própria investigação. Isso deve ser feito muito em breve e muito rapidamente”, disse ele em entrevista à rede de televisão americana CNN.
Para a autoridade das Nações Unidas, a investigação sobre o episódio desta terça-feira 17 serviria como ensinamento “para evitar que isso aconteça no próximo hospital, na próxima escola, na próxima instituição para onde as pessoas estejam fugindo”.
+ Explosão em hospital foi obra de aliado do Hamas, diz inteligência dos EUA
O bombardeio que matou centenas de pessoas ainda não tem a autoria confirmada. Nos instantes que sucederam o ataque, o Hamas culpou Israel, que rebateu prontamente e atribuiu o massacre ao grupo terrorista aliado de seus acusadores, a Jihad Islâmica.
Também nesta quarta-feira, o serviço de inteligência dos Estados Unidos apontou diversas evidências que indicam que o ataque teria sido responsabilidade da Jihad Islâmica.
A análise de dados de satélite e outros dados obtidos por pulsos de luz infravermelha mostraram o lançamento de um foguete a partir de posições de combatentes palestinos em Gaza, segundo as autoridades americanas.
“Embora continuemos a coletar informações, nossa avaliação atual, baseada na análise de imagens aéreas, interceptações e informações de código aberto, é que Israel não é responsável pela explosão ontem no hospital em Gaza”, disse Adrienne Watson, porta-voz do o Conselho de Segurança Nacional.