O chefe das Nações Unidas para Assuntos Humanitários disse nesta terça-feira, 25, que pediu à Rússia explicações sobre a utilização da localização de hospitais e clínicas na Síria para evitar ataques, após uma série de bombardeios em centros de saúde.
Mark Lowcock, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, disse o Conselho de Segurança “não ter certeza” se os hospitais que compartilham as coordenadas de suas localizações através de um sistema de segurança das Nações Unidas estão protegidos de ataques.
Mais de 23 hospitais foram atingidos por ataques desde que as forças sírias, apoiadas por Moscou, lançaram uma ofensiva em abril na região de Idlib, controlada pelos jihadistas, segundo a ONU.
“Escrevi para a Federação Russa para pedir informação sobre como são usados os detalhes encaminhados através do mecanismo contra conflitos”, disse Lowcock ao conselho.
A Rússia, que apoia as forças sírias na ofensiva no noroeste del país, nega firmemente que a campanha de bombardeios tenha como alvos hospitais em Idlib.
Moscou garante que a operação militar busca desalojar os “terroristas” da região que está sob um acordo de redução de hostilidades firmado no ano passado entre Rússia, Irã e Turquia.
Em mais de oito anos, a guerra na Síria deixou mais de 370 mil mortos e milhões de desalojados.