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ONU: Humanidade está ‘a um erro de cálculo da aniquilação nuclear’

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, disse que o mundo está a passos de reviver as explosões em Hiroshima e Nagasaki

Por Da Redação
Atualizado em 2 ago 2022, 10h36 - Publicado em 2 ago 2022, 10h36
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  • O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, afirmou na noite de segunda-feira 1 que ameaças geopolíticas, incluindo a crise climática, a pandemia de Covid-19 e guerras, estão colocando o mundo sob uma ameaça nuclear não vista desde o auge da Guerra Fria.

    “Hoje, a humanidade está só a um mal-entendido, um erro de cálculo da aniquilação nuclear”, disse Guterres na abertura de uma conferência sobre o tratado nuclear das Nações Unidas, em sua sede em Nova York.

    O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, estavam entre os presentes na 10ª revisão anual do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.

    “A crise climática, as desigualdades gritantes, os conflitos e violações dos direitos humanos e a devastação pessoal e econômica causada pela pandemia de Covid-19 colocaram nosso mundo sob maior estresse que já enfrentou”, disse Guterres.

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    + ONU: “A perspectiva de conflito nuclear, antes impensável, está de volta”

    “A humanidade corre o risco de esquecer as lições forjadas nas terríveis explosões em Hiroshima e Nagasaki.”

    Guterres acrescentou que “as tensões geopolíticas estão atingindo novos patamares” e que “a desconfiança substituiu o diálogo”.

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    “Os Estados estão buscando uma falsa segurança para estocar e gastar centenas de bilhões de dólares em armas apocalípticas que não têm lugar em nosso planeta”, disse. Ele acrescentou que há quase 13.000 armas nucleares em arsenais em todo o mundo e citou a invasão da Ucrânia pela Rússia e as crises no Oriente Médio e na península coreana como áreas de alta tensão.

    O secretário-geral das Nações Unidas listou cinco “áreas de ação” que são centrais para o tratado de não-proliferação. Isso inclui o compromisso de reforçar e reafirmar a norma de 77 anos de idade contra o uso de armas nucleares, trabalhando com o objetivo de eliminar as armas nucleares.

    Segundo ele, é preciso abordar as tensões latentes no Oriente Médio e na Ásia, promovendo o uso pacífico da tecnologia nuclear para fins medicinais, entre outros, e cumprindo todos os compromissos pendentes no tratado.

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    “Precisamos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares mais do que nunca. É por isso que esta conferência de revisão é tão importante. É uma oportunidade para definir as medidas que ajudarão a evitar certos desastres”, concluiu.

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