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ONU condena uso excessivo de força contra manifestantes venezuelanos

Alto Comissariado para os Direitos Humanos pede a líderes políticos que dialoguem para resolver as novas tensões no país

Por Da Redação
1 Maio 2019, 16h50
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  • O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) condenou nesta quarta-feira, 1, o uso excessivo de força contra os manifestantes na Venezuela e pediu às autoridades de Caracas que “respeitem o direito à reunião pacífica”. A agência da ONU é comandada pela ex-presidente do Chile Michelle Bachelet.

    O ACNUDH afirmou estar “extremamente preocupada com as informações sobre o uso excessivo da força cometido pelas forças de segurança contra manifestantes na Venezuela, o que aparentemente provocou dúzias de feridos”, destacou em comunicado a porta-voz, Marta Hurtado.

    “Diante dos protestos maciços planejados para hoje, fazemos um chamado a todas as partes para que mostrem máxima moderação”, acrescentou a nota, que advertiu contra “o uso de linguagem que incite à violência”.

    A porta-voz ainda pediu aos líderes políticos venezuelanos que dialoguem para resolver as novas tensões na Venezuela, após o levante popular iniciado ontem pelo opositor Juan Guaidó.

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    “Lembramos às autoridades estatais sua obrigação de assegurar a proteção dos direitos humanos de todas as pessoas, sem importar sua afiliação política”, ressaltou.

    Guaidó começou o dia ontem anunciando que dispunha de amplo apoio de membros das Forças Armadas e que daria início à última fase do que chamou de Operação Liberdade, para derrubar o ditador Nicolás Maduro.

    O autoproclamado presidente interino intimou todos os cidadãos a saírem às ruas para apoiá-lo e pediu que mais militares se aliassem ao seu governo, contra Maduro. A convocação desencadeou um dia de violentos confrontos entre manifestantes da oposição e forças leais ao regime chavista nas ruas de Caracas e no interior do país.

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    Ao menos 100 pessoas ficaram feridas. Segundo a ONG Provea, um venezuelano de 24 anos, identificado como Samuel Enrique Méndez, morreu nos confrontos na cidade de La Victoria, estado de Aragua.

    Nesta quarta-feira, Guaidó voltou a convocar seus apoiadores para as manifestações de celebração de 1º de Maio, nas quais protestaram novamente contra o regime de Maduro. Já nas primeiras horas da concentração, as forças de segurança entraram em confronto com os manifestantes em Caracas, usando bombas de gás lacrimogêneo.

    (Com EFE)

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