O caos aéreo provocado pela disseminação da variante Ômicron da Covid-19 entre tripulantes e operadores técnicos das companhias de aviação, pelas péssimas condições climáticas nos Estados Unidos e pelas restrições de viagem impostas em países asiáticos, não dá sinal de que será resolvido tão cedo. De acordo com dados do site especializado FlighAware, nesta segunda-feira 2.346 voos foram cancelados e outros 6.110 sofreram atrasos. No final de semana do natal, a situação foi crítica, com mais de sete mil cancelamentos e 11 mil adiamentos.
O Brasil também foi afetado. A Latam cancelou 2 voos, um deles saindo de Miami com destino a Santiago, no Chile, e outro partindo de Paris para São Paulo, e adiou outros 8. A Azul cancelou 4 voos, todos domésticos, e adiou outros 24.
A principal causa é a disseminação da Ômicron, a variante dominante nos Estados Unidos. Em alguns aeroportos, faltam equipes de solo para atender aos viajantes. Um documento da United obtido pela rede CNBC indica que os casos estão crescendo também entre pilotos, e não se sabe quando a situação voltará ao normal. Em países asiáticos, restrições de viagem e a interrupção das operações de aeroportos têm feito com que as operadoras suspendam voos. Somente a China Eastern cancelou 405, e a Air China, outros 193.
Além da Covid-19, as condições climáticas nos Estados Unidos, incluindo fortes nevascas, também têm afetado as companhias. A SkyWest cancelou 197 voos; a Alaska Airlines, 98; a United, 87; e a American Airlines, 79. No total, 832 viagens suspensas sairiam, chegariam ou aconteceriam dentro do País. O aeroporto de Seattle foi o mais prejudicado do planeta, com 147 cancelamentos.
O problema, no entanto, não fica restrito aos EUA e à Ásia. Dubai, Melbourne, Londres e Sidney, por exemplo, também tiveram o fluxo alterado.