Entidades de ajuda humanitária e o governo da República Democrática do Congo se apressaram em enviar mantimentos e especialistas em saúde nesta sexta-feira para Mbandaka, uma cidade portuária de 1,2 milhão de habitantes, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevar o risco à saúde pública no país do mais recente surto de ebola para “muito alto”.
A OMS também subiu o nível de risco da febre hemorrágica para as nações vizinhas ao Congo de “moderado” para “alto”. “Muito alto” é o segundo nível de risco mais alto, abaixo apenas de “sério”.
Já são quatro os casos de ebola detectados pela OMS em Mbandaka. Além disso, o Ministério de Saúde Pública do Congo confirmou 11 novos casos no município de Bikoro.
O número de mortos pelo surto de ebola chegou a 25 pessoas, de um total de 45 casos confirmados ou suspeitos, segundo a organização.
O comitê de emergência da OMS declarou nesta sexta que o surto mais recente não constitui atualmente “uma emergência de saúde pública de proporção internacional”, ressaltando a resposta forte pelo governo e por parceiros e as preparações em estágio avançado para o uso de uma vacina experimental.
Diferentemente do grande surto da África Ocidental, quando a OMS demorou meses para convocar um Comitê de Emergência, a entidade está agindo com rapidez para tentar conter a epidemia mais recente da República Democrática do Congo logo no início.
O governo de Kinshasa informou o surto em 8 de maio, um dia depois que duas amostras deram resultado positivo para o vírus mortal. Em poucos dias, a OMS enviou especialistas, preparando uma “ponte aérea” de helicóptero até o local e planejando uma campanha de vacinação.
(Com Estadão Conteúdo)