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O que pode ter dado errado com o submarino argentino

Uma nova informação divulgada pela Marinha da Argentina parece indicar que uma explosão pode ter atingido a embarcação

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h31 - Publicado em 23 nov 2017, 23h36
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  • O submarino ARA San Juan da Marinha argentina está desaparecido há oito dias. A embarcação perdeu o contato com sua central na quarta-feira, dia 15 de novembro. Desde então, equipes de busca da Argentina e de outras 13 nações procuram incansavelmente qualquer rastro que possa levar a sua localização.

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    (Arte/VEJA.com)

    O submarino

    O ARA San Juan foi incorporado à frota argentina em 1985. Com 65 metros de comprimento, foi fabricado pela empresa siderúrgica alemã ThyssenKrupp. Seu último reparo foi realizado em 2004 e, segundo a Marinha, estava em totais condições para operar.

    O que pode ter dado errado?

    Ainda não se sabe o que aconteceu com o submarino. Porém, uma nova informação divulgada nesta quinta pela Marinha da Argentina parece indicar que uma explosão pode ter atingido a embarcação. Segundo a organização militar, foi registrado um “evento anômalo singular curto, violento e não nuclear consistente com uma explosão” na mesma região onde o submarino fez contato pela última vez.

    Pouco antes da perda das comunicações, o comandante do submarino informou problemas nas baterias. Mesmo assim, decidiu continuar a viagem, já que a tribulação estava tranquila e a embarcação navegava a uma marcha constante.

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    Um submarino costuma ser equipado com quatro baterias que contém chumbo e ácido sulfúrico. Em caso de problemas, as baterias podem produzir gases instáveis e até uma explosão. Isso explicaria a interrupção completa das comunicações do submarino.

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    Falta de oxigênio

    No dia 13 de outubro, 44 tripulantes embarcaram no San Juan. Eles correm grandes riscos de sufocação. Caso a embarcação esteja sem condições de emergir, o estoque de oxigênio disponível seria suficiente para manter a tripulação viva por até sete dias — nesta hipótese, já não restaria mais oxigênio.

    O oxigênio do submarino é fornecido por meio de tanques ou máquinas que realizam um processo chamado “eletrólise”, que separa componentes como água e oxigênio. No entanto, a falta de energia dificultaria esse processo e o suprimento poderia diminuir gradualmente até se esgotar.

    Além disso, existem outros perigos para a tripulação. Se um compartimento dentro do submarino for inundado, isso pode causar incêndios instantâneos e problemas relacionados à pressão à medida em que o ar é comprimido. Caso o submarino tenha afundado ou ultrapassado os 300 metros de profundidade, ele também poderia implodir devido à pressão.

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    Mapa mostra local onde o submarino argentino ARA San Juan desapareceu (André Fuentes/VEJA.com)
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