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O ato falho de Alberto Fernández na abertura da Celac

Presidente argentino arrancou alguns sorrisos desconfortáveis, mas manteve a compostura

Por Caio Saad, de Buenos Aires
Atualizado em 24 jan 2023, 11h21 - Publicado em 24 jan 2023, 11h08
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  • Durante abertura da 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nesta terça-feira, 24, o  presidente argentino, Alberto Fernández, cometeu um deslize que arrancou algumas risadas desconfortáveis dos presentes. Ao invés de declarar aberta a sessão da Celac, se equivocou e anunciou a abertura dos trabalhos da Cúpula das Américas, outra reunião, que não inclui países caribenhos.

    Ainda assim, Fernández manteve a compostura, e seguiu como se nada tivesse acontecido, depois de se corrigir.

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    Criada no México em 2010 e oficializada em 2011, a Celac é um reúne 33 países e busca a integração latino-americana e caribenha, além da coordenação política, econômica e social de seus membros.

    A ideia da aliança surgiu em 1980, quando alguns países não concordavam com a política intervencionista do presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan. Em 1985, Brasil, Argentina, Peru e Uruguai formaram o Grupo do Rio, com o objetivo de fortalecer a democracia e o desenvolvimento econômico e social.

    Nas décadas seguintes, mais países se aliaram: Bolívia, Chile, Costa Rica, Cuba, Equador, Nicarágua e Paraguai. Com a expansão de governos de esquerda na América Latina nos anos 2000, a chamada “onda rosa”, o caldo engrossou.

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    + Extrema direita não funcionou em nenhum país que governou, diz Lula

    Lula, que também era presidente do Brasil na época, convocou um encontro com líderes da região na Costa do Sauípe, na Bahia. Essa foi a primeira reunião de governos latino-americanos e caribenhos sem a participação dos Estados Unidos ou da Europa.

    Durante o mandato de Jair Bolsonaro, o ex-presidente retirou o Brasil da Celac em 2020, medida justificada por divergências políticas e ideológicas com Cuba e Venezuela.

    De volta à Presidência, Lula anunciou em 5 de janeiro o retorno brasileiro à Celac, e desembarcou em Buenos Aires na noite de domingo, 22, para uma série de encontros políticos antes da cúpula.

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